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A faixa etária dos fãs mais fervorosos da última atração da noite ficava entre 13 e 16 anos, com ocorrências presentes de outros, abaixo dos 10 anos. Logo, ao entrar no palco, Bruno Mars, vestindo uma camiseta da seleção brasileira de futebol com seu nome escrito na parte de trás e uma calça camuflada militar, deu início ao processo que terminaria em uma catarse teen, tentando deixar escondida a indisposição que sentira momentos antes, no backstage (corre na boca pequena que o rapaz estava com as calças nas mãos, entendem?). Da primeira à última música, era possível ouvir seu público entoar cada letra, do fundo de seus pulmões. Na grade, moçoilas choravam, como se o pequeno astro fosse apenas miragem diante dos olhos.
Do pop ao soul plastificado, de fácil absorção, Bruno Mars condensa muito bem a ideia da modernidade com tintas do passado que rege a Poplândia atual. Tanto em sua voz, como em sua banda, cheia de suíngue, e, claro, no belo topete que ostenta (desta vez ofuscado por um chapéu, outro elemento bem característico de sua figura). Michael Jackson? Sim, claro, Bruno bebe desta fonte com baldes cheios. E traduz essa essência mista de soul e pop em uma sonoridade bem construída (para muitos, 'construída' até demais), cujos pilares são as vozes ecoando pela arena, de jovens ensandecidos com o show de seu ídolo, que, para eles, veio de outro mundo. Quem sabe Marte, não é mesmo?