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Itália prende grupo que incentivava doping em ciclistas

Caso entre amadores atinge uma das maiores equipes italianas

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Uma grande operação da polícia de Lucca, na Itália, culminou com a prisão de seis pessoas nesta quinta-feira (7) acusadas de incentivar o uso de substâncias proibidas para ciclistas amadores no país.

Os presos na operação são o proprietário e presidente do time amador Altopack-Eppella, Luca Franceschi, os pais dele, Narciso Franceschi e Maria Luisa Luciani, um dos dirigentes da equipe, Elso Frediani, o preparador físico e ex-atleta Michele Viola e o farmacêutico Andrea Bianchi.

Todos são acusados por associação criminosa especializada com fins de cometer crimes em matéria de doping e estão sob prisão domiciliar.

Outras 17 pessoas são investigadas no caso, incluindo um médico especializado em medicina esportiva, um advogado e diversos ciclistas da temporada 2016/2017. Na casa de um dos acusados, foram encontradas substâncias proibidas, seringas, cateteres e diversos equipamentos usados para que os atletas injetassem as drogas.

De acordo com as investigações, era o próprio dono da equipe quem encorajava os atletas a usarem as substâncias dopantes, sendo que muitos deles eram menores de idade. Entre as drogas mais usadas, estavam hormônios de crescimento, anti-inflamatórios a base de opiáceos e a eritropoietina, conhecida como EPO, e a mais utilizada na equipe.

A investigação foi iniciada em maio do ano passado, quando ocorreu a morte de um dos ciclistas do Altopack-Epella. O lituano Linas Rumsas, 21 anos, faleceu no dia 2 daquele mês e, seus resultados considerados ótimos antes da sua morte, levantaram as suspeitas do uso de alguma substância proibida.

De acordo com a polícia, os resultados esportivos mostravam melhorias muito grandes nos tempos na comparação com as provas disputadas por ele em 2016, fazendo com que se desconfiasse de alguma medicação ilegal na morte por ataque cardíaco.

Outro fator que gerou desconfiança dos investigadores foi o fato de que Linas era filho do ciclista Raimondas Rumsas que, anos antes, ao lado da esposa, Edita Rumsiene, foi investigado por tráfico internacional de substâncias dopantes.

Na autópsia, ficou comprovado que Linas morreu por excesso de um tipo de hormônio do crescimento.

A Altopack-Epella é considerada uma das 10 maiores equipes de ciclismo amador da Itália.