O
filme Concussion (“Um homem entre
gigantes”, no Brasil), que estreia no país no dia 3 de março, deu o prêmio de
melhor ator no Hollywood Film Awards ao norte-americano Will Smith. A história,
baseada em fatos reais, traz a briga entre o Dr. Bennet Omalu e a NFL (Liga
Nacional de Futebol Americano) pela descoberta de uma doença cerebral nos
jogadores, causada pelos traumas sofridos com a prática do esporte.
Dr. Omalu foi o primeiro a observar um caso de Encefalopatia Traumática Crônica em jogares de futebol americano, descobrindo posteriormente a grande incidência do trauma outros atletas da mesma modalidade. Essa doença cerebral degenerativa afeta, especialmente, pessoas que sofrem repetidas lesões na cabeça (ainda que de diferentes intensidades) e era conhecida até então, como Demência Pugilística.
Os frequentes traumas cranianos podem causar confusão, problemas de memória, tremores, falta de coordenação motora, depressão, declínio na capacidade mental e demência progressiva.
Concussões nos esportes
A concussão no esporte é uma preocupação de organizações desportivas e envolve dois fatores: o reconhecimento da lesão e a decisão sobre a volta (imediata ou não) às atividades desportivas. No caso de lesões na cabeça, a preocupação tende a aumentar pelos riscos de um traumatismo craniano para a saúde e a qualidade de vida a longo prazo.
Além disso, ao contrário da crença comum, não necessariamente perde-se a consciência após uma concussão. O atleta pode estar confuso ou desconhecer a hora, a data ou o lugar por um tempo após a lesão. Ele pode, ainda, sentir dores de cabeça, tontura, náusea e instabilidade ou perda de equilíbrio.
Segundo o Dr. André Luís dos Santos, Diretor do IBRAFIVE (Instituto Brasileiro de Fisioterapia Vestibular e Equilíbrio); membro da Vestibular Disorders Association e da Bárány Society (instituições internacionais de estudos vestibulares); existem dois tipos de tontura: a rotatória ou vertigem, quando o paciente diz que tudo gira a seu redor; e a não-rotatória, que equivale à instabilidade postural ou desequilíbrio.
O
tratamento dessas lesões envolve, portanto, várias áreas médicas. Ele pode se
beneficiar, inclusive, da Fisioterapia Vestibular, uma abordagem específica da
fisioterapia indicada para reduzir os sintomas e promover a adaptação e
substituição das disfunções vestibulares relacionadas a diversos distúrbios do
equilíbrio. A Fisioterapia Vestibular é eficaz na melhora dos déficits
funcionais e dos sintomas subjetivos resultantes da hipofunção vestibular
periférica unilateral e bilateral.