O Atlético-MG "matou" mais um no Horto, nesta quinta-feira, mas não foi fácil. O Tijuana chegou a calar a grande festa da torcida alvinegra no Estádio Independência por duas vezes, mas o time mineiro sobreviveu. O primeiro golpe foi feito por Riascos, que abriu o placar, mas Réver empatou. Depois, já nos acréscimos, Victor teve que defender um pênalti para salvar o Atlético-MG, que avançou com o empate por 1 a 1 - o primeiro jogo, no México, terminou 2 a 2.
Agora, o Atlético-MG vai enfrentar o Newell's Old Boys na semifinal da Copa Libertadores da América. Olimpia e Santa Fé também seguem vivos na competição. Essa é a primeira vez, em 105 anos de fundação,q ue a equipe alvinegra chega entre os quatro melhores do torneio.
Toda pressão criada pela torcida do Atlético-MG no Horto poderia ter morrido em apenas 13s. Afinal, o Tijuana começou com a bola, que foi para Riascos na direita. Ele cortou para dentro e chutou forte de esquerda, mas Victor fez boa defesa no primeiro lance do duelo. E o segundo grande susto também foi criado pelos mexicanos: aos 14min, Gandolfi fez gol de cabeça, após cobrança de falta, mas o juiz marcou impedimento.
O Atlético até tinha mais posse de bola, mas esbarrava na retranca armada pelo Tijuana, além do próprio nervosismo e afobação. Já o time mexicano parecia não sentir qualquer pressão e por isso conseguiu o primeiro gol: aos 25min, Ruiz avançou pela direita, enxergou Riascos sozinho na área e cruzou na medida para o centroavante finalizar de primeira.
Marcos Rocha teve a chance de dar a resposta logo depois, já que entrou na área sozinho e finalizou para o gol, mas Saucedo espalmou. E ficou evidente que o Atlético-MG sentiu o gol sofrido, já que ficou ainda mais nervoso em campo. Mas uma bola parada surgiu para salvar o time mineiro: após cobrança de falta pela direita, Réver ficou sozinho e marcou com o pé direito.
Apesar da pressão criada pelo Atlético até o final do primeiro tempo, o placar ficou 1 a 1. No segundo tempo o cenário continuou o mesmo, com o time da casa mais presente no ataque. O Tijuana trocou Ortiz por Martínez, mas continuou recuado, apesar de precisar da vitória.
Assim, as primeiras chances foram dos alvinegros: aos 6min, Bernard ficou sozinho na área, mas dominou a bola com a mão. Aos 9min, o goleiro Saucedo errou ao cortar um cruzamento, mas Jô não aproveitou.
Aos 20min, Cuca resolveu apostar em Luan no lugar de Bernard, que não teve boa atuação. A partida ficou mais aberta e, após falha de Richarlyson, o Tijuana ficou perto de fazer o segundo gol, aos 23min. Piceno ficou sozinho na área, de frente para o goleiro, mas chutou em cima de Victor, que saiu muito bem. Apenas um minuto depois, o Atlético-MG respondeu, mas o chute de Leandro Donizete, de fora da área, passou perto da trave.
Aos poucos, a tensão começou a tomar conta do Independência, já que um gol para qualquer um dos lados resolveria a classificação. O Tijuana passou a ir mais para o ataque e, apesar de dar espaços, acertou a trave: aos 34min, Arce cobrou falta com categoria, e Victor só pode olhar o perigo de perto. E o curioso é que mais uma vez o Atlético respondeu na jogada seguinte. Tardelli ganhou disputa com um defensor e finalizou, mas perto demais de Saucedo, que salvou o time mexicano.
Nos últimos minutos o cenário foi invertido no Independência: o Tijuana passou a pressionar, enquanto o Atlético-MG se defendia com eficiência e tentava encaixar contra-ataques. Em um deles, Luan foi lançado por Ronaldinho e acertou bom chute cruzado, mas Saucedo defendeu.
E a emoção só aumentou: aos 46min foi marcado pênalti de Léo Silva em Aguilar. A torcida chegou a se calar novamente, mas logo se exaltou para gritar o nome de Victor, que defendeu a cobrança de Riascos com os pés e "matou" mais um no Horto. O juiz ainda expulsou Réver, mas isso não interferiu na festa atleticana.