Mais de dois anos afastado da Seleção Brasileira, o meia-atacante Kaká se apresentou na manhã desta segunda-feira no Hotel Radisson Blu, na cidade polonesa de Wroclaw, para os amistosos contra Iraque e Japão, com a promessa de dividir a responsabilidade com os demais atletas experientes convocados por Mano Menezes.
Uma das avaliações do treinador é de que a irregularidade da Seleção sob seu comando é resultado de um vácuo de gerações, com poucos jogadores experientes. A volta de Kaká, que já tem três Copas do Mundo no currículo, está relacionada a esta percepção.
"Vim para dividir essa responsabilidade. Tem jogadores novos, mas com rodagem muito grande já. Esse grupo tem toda condição de ser vencedor. Vim para ajudar nisso", disse Kaká.
Depois da eliminação na Copa do Mundo de 2010, Kaká voltou a ser chamado apenas uma vez, para os amistosos contra Gabão e Egito, em novembro do último ano. Mas ficou de fora por conta de lesão.
A primeira aposta de Mano para o posto de referência da Seleção foi Ronaldinho, mas o meia do Atlético-MG decepcionou e está fora dos planos. Neste período, Thiago Silva e Daniel Alves despontaram como líderes naturais de um grupo formado em grande parte por jovens talentos, como Neymar e Oscar.
Com um passado já rico no futebol, Kaká diz que terá de se acostumar em agora servir como exemplo. "É uma situação diferente para mim. Já foi assim comigo antigamente. Agora estou do outro lado, é uma experiência nova, muito positiva. Esse pessoal novo da Seleção é muito bom. São jogadores muito promissores e tem tudo para dar certo na Seleção com muitos títulos. É isso que eu espero. Misturar minha experiência com a juventude deles", completou.