Em meio a reclamações santistas de uma possível perseguição ao atacante Neymar, Mano Menezes optou por um discurso diferente. Em vez de defender o jogador pela expulsão na partida contra o Grêmio no último domingo, o técnico da Seleção Brasileira disse que ele precisa se acostumar com estas situações e se afastar de confusões.
"Não acredito em perseguição para ninguém e nem pré-disposição para persegui-lo. Você aprende a conviver com essas situações, jogo é assim. Às vezes vai ficar mais irritado e às vezes menos. São circunstâncias que você precisa saber conviver com elas. Foi uma situação normal, sem supervalorizar", disse.
No lance em questão, Neymar se enrolou com o lateral Pará e pisou no rival. Os santistas alegaram que a agressão foi acidental e que está ocorrendo uma perseguição ao jogador. Antes da expulsão, o atacante fora advertido com um amarelo por reclamar das seguidas faltas recebidas.
Após o jogo, Muricy disse em forma de desabafo que Naymar vai acabar antecipando sua ida para a Europa por conta de uma suposta perseguição de defensores e árbitros. Na mesma semana, a revista Placar publicou em sua capa do mês de outubro uma imagem do jogador crucificado, levando à tona a discussão sobre o tratamento que o jogador tem recebido por conta de sua fama de "cai-cai".
Se antes Mano disse em entrevista ao jornal O Globo que considerava a saída de Neymar do Brasil importante para seu crescimento "tático" e depois se disse mal-interpretado, desta vez o treinador fugiu da polêmica. "Eu estava me referindo a questões táticas quando disse isso de jogar fora do País ou dentro. Me referia às diferenças de padrões e espaços que temos", disse.