Quando foi convidado pela presidente Dilma Rousseff para ser embaixador da Copa de 2014, em julho do ano passado, Pelé não imaginou que teria de fazer o papel de "bombeiro de crises", como ele mesmo definiu. A função do ex-jogador seria promover o evento no País e no exterior. No entanto, Pelé se viu, algumas vezes, com a missão de amenizar problemas com obras atrasadas, indefinições, desentendimentos entre dirigentes e clubes nacionais e construtoras responsáveis por obras sob investigação.
Apesar de tantos contratempos, Pelé demonstra otimismo ao reconhecer, neste domingo, em publicação do jornal O Estado de S. Paulo, que há muita coisa atrasada, mas que o Brasil vai se sair bem.
Outro motivo de desconforto para Pelé é a Seleção Brasileira. De acordo com a publicação, ele acredita que o Brasil tem condições de trazer a medalha de ouro na Olimpíada de Londres - principalmente por ter Neymar em seu elenco -, mas criticou a ausência de Arouca, volante do Santos, nas listas de Mano Menezes.
Além de defender a convocação de alguns atletas, Pelé tem como principal crítica ao trabalho do treinador da Seleção a indefinição sobre a base do time. O embaixador da Copa de 2014 afirmou que a um ano e meio antes da Copa, o Brasil ainda segue sem um "time base" e ressalta que Mano está retardando essa decisão. Pelé espera que após a disputa dos Jogos Olímpicos, o treinador possa definir um time para que haja tempo de estabelecer um entrosamento entre os jogadores.