A julgar pelo desempenho de Júnior Cigano no combate contra Cain Velásquez, no último dia 13, no UFC 138, é quase que impossível desconfiar que o brasileiro não estava em suas condições físicas ideais. Mas, apesar da vitória acachapante, ele revelou após sua performance que teve um problema no joelho dias antes.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, em São Paulo, ao lado de seu treinador de boxe, Luis Dórea, o campeão dos pesos-pesados voltou a comentar o problema.
"Foi meio frustrante, dez dias aconteceu uma lesão no meu menisco, mas eu tive o apoio dos meus médicos lá em Salvador, e eles me disseram que tinha como me recuperar, e eu que queria muito. É como aquilo de você nadar, nadar, e morrer na praia, e eu não queria", afirmou.
O brasileiro conta que a luta pelo título era seu principal objetivo na carreira e coloca como peça principal para sua recuperação o trabalho de fisioterapia, que fez com que ele aguentasse as dores até o combate com Velásquez.
"Eu persegui muito isso, eles (médicos) me deram o aval e o segredo foi a fisioterapia, esse foi o segredo para colocar as coisas no lugar e a suportar ali", destacou.
Apesar de ter se machucado dez dias antes do evento principal do UFC 138, Cigano diz que a enfermidade não chegou ao conhecimento do público, para não dar armas para seu adversário, tornando o joelho um ponto vulnerável durante o duelo. Mas, mesmo com os esforços para esconder a contusão, ele desconfia que Cain soubesse do fato. "Até parece que ele sabia da lesão, porque ele ficou chutando a minha perna. Mas tudo saiu bem, graças a Deus. Para mim foi o resultado perfeito", disse.
Júnior ressalta que imaginou que participação no embate poderia agravar seu problema na perna, mas que decidiu assumir os riscos, e que, no final, não houveram sequelas em seu joelho, que, segundo ele, até apresentou melhora. "Provavelmente eu forçando para lutar, a lesão ia piorar. Mas na volta, eu fiz exames, e pelo contrario, está até melhor.
Mesmo que tenha ido para o "sacrifício" contra Velásquez, Júnior Cigano nega que vá voltar a lutar fora das condições físicas ideais, na defesa do cinturão, contra o americano Brock Lesnar ou o holandês Alistair Overeem. "Só vou defender o título se eu estiver bem. O UFC é bem parceiro da gente nesse sentido. O próprio Dana White queria eu eu ficasse nos Estados Unidos para me recuperar, mas já tinha agendado de voltar. Quero ficar cem por cento para pensar na defesa", disse.