A Federação Internacional de Futebol garantiu nesta quinta-feira que não pretende elevar os preços dos ingressos para a Copa do Mundo de 2014, mesmo com o benefício da meia entrada para estudantes e idosos. Apesar disso, a entidade voltou a cobrar do governo brasileiro uma definição da Lei Geral da Copa, que deveria ter sido sancionada no final de 2009, mas ainda tramita no Congresso.
O diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, afirmou hoje na sede da entidade em Zurique, na Suíça, que apesar das insistentes cobranças feitas pela federação, este ainda não é considerado um problema crítico. No entanto, Weil espera uma definição para, no máximo, o final deste ano.
"Caso contrário, teremos problemas sérios na organização de vários pontos do Mundial, não apenas na venda de ingressos", declarou o dirigente.
Thierry Weil não confirmou a faixa de preços dos ingressos que serão vendidos para 2014. Segundo ele, há uma base que está sendo estudada pela FIFA, mas que ainda precisa de mais detalhes para ser anunciada. Apesar disso, o diretor de marketing afirmou insistentemente que a entidade máxima do futebol vai levar em consideração a realidade social do Brasil e não descartou a possibilidade de ingressos populares.
"Queremos realizar um processo de vendas que atenda democraticamente todas as classes sociais do país", disse. "É uma operação complicada, mas vamos procurar ser justos e ter a certeza de que cada setor da sociedade terá acesso ao Mundial. Isso, é claro, em termos de Copa".
Cerca de 3,3 milhões de ingressos serão colocados à disposição do público para o Mundial de 2014. O processo de vendas vai seguir esquema semelhante ao realizado em outras Copas, com um sorteio para selecionar os interessados. Ao contrário do que ocorreu na África do Sul, a FIFA espera uma grande demanda para 2014. Segundo Weil, a entidade calcula que 10 milhões de pessoas se inscrevam no sorteio que será aberto em agosto de 2013.