O juiz Joaquim Domingos de Almeida Neto, do 9º Juizado Especial Criminal (Jecrim), que ouviu o jogador do Botafogo Somália nesta quarta-feira, determinou ao réu uma transação penal a ser revertida em mantimentos para as vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro.
Paulo Rogério Reis Silva, conhecido como Somália, participou de audiência na Barra da Tijuca, zona norte do Rio, por ter sido acusado de fazer falsa comunicação de crime. No dia 5 de janeiro, Somália prestou queixa em uma delegacia alegando ter sofrido um sequestro-relâmpago. Contudo, imagens do circuito interno do prédio onde mora mostraram que o jogador estava em casa na hora do suposto crime.
O jogador aceitou a transação penal proposta pelo Ministério Público, que consiste na compra de materiais escolares e gêneros alimentícios para as vítimas da recente tragédia que atingiu a região serrana, no valor de 50 salários mínimos.
Até o dia 27, um total de R$ 6 mil será entregue ao Juizado da Infância, Juventude e Idoso da Comarca de Teresópolis em material escolar e alimentos, além de mais R$ 6 mil doados em cestas básicas ao Instituto de Educação de Nova Friburgo.
Já até 24 de fevereiro, R$ 2,5 mil serão entregues em sacos de leite em pó e fraldas descartáveis infantis ao Juizado da Infância, Juventude e Idoso da Comarca de Teresópolis, além de mais R$ 2,5 mil em cestas básicas doadas ao Instituto de Educação de Nova Friburgo. Os mesmos produtos deverão ser entregues novamente até o dia 24 de março, nos mesmos locais.
O jogador deverá apresentar os recibos de entrega e a nota fiscal de todas as compras, que devem somar R$ 22 mil. O processo ficará suspenso durante o prazo da transação penal, voltando a correr normalmente caso ocorra o descumprimento do acordo por parte de Somália.