ANCONA - Apesar de ainda estar na mente dos torcedores, a derrota contra Cuba já é praticamente uma página virada dentro da seleção brasileira de vôlei. Para apagá-la de vez da memória, o grupo do técnico Bernardinho encara nesta quinta-feira a Polônia pela primeira rodada do Grupo N do Mundial de Vôlei, a partir das 16h (horário de Brasília), na cidade de Ancona. A partida é a reedição da final da última edição do torneio, em 2006, quando o Brasil saiu vencedor.
Depois de um jogo um pouco complicado contra a Espanha e a derrota para os cubanos em uma partida de cinco sets, tida por muitos como a melhor do Mundial até então, a equipe verde e amarela saiu da primeira fase sem impressionar tanto como se esperava. Parte disso se deve aos problemas de lesões que aconteceram durante a competição. Primeiro foi a ausência do levantador Marlon, com uma doença inflamatória no intestino que provavelmente lhe deixará fora também da segunda fase, e depois contusões do oposto Leandro Vissotto e do ponteiro Murilo, aparentemente já resolvidas.
O rival desta quinta vive situação totalmente oposta. Com um aproveitamento até o momento de 100% na competição, os poloneses deixaram uma excelente impressão na primeira fase por passar pela Sérvia com uma certa facilidade e garantir a liderança de seu grupo. Com esse cenário, o adversário pode se tornar perfeito para a Seleção de Bernardinho enfim embalar e tentar respirar um pouco mais aliviada na competição.
Isto porque o retrospecto brasileiro sobre o time europeu é muito bom e traz boas lembranças. Derrotados por Giba e companhia na final do Mundial de 2006, os poloneses disputaram cinco duelos contra a Seleção este ano e foram quatro vitórias brasileiras. Três deles na fase de preparação para o Mundial, que aconteceu em Curitiba, no começo de setembro. Na ocasião, a equipe polonesa estava completa e o Brasil ainda tinha o desfalque de Murilo, mas a presença de Marlon.
Apesar disso, o ponteiro Dante acredita que o momento é totalmente diferente e o confronto promete ser bem duro para o Brasil. Para o jogador brasileiro, será difícil parar o ponteiro Bartosz Kurek. "Eles evoluíram muito de lá para cá. Eles conseguiram colocar o Kurek em forma nesse último mês, parece que ele é o maior pontuador deles no torneio. Se conseguirmos segurá-lo, vamos conseguir nosso objetivo".
Com uma vitória sobre a Polônia, a Seleção fica a meio caminho de passar a terceira fase da competição. Com apenas três equipes no grupo, o Brasil, se vencer, pode passar de fase sem nem entrar em quadra. "Essa vitória é fundamental porque será meio caminho andado para a classificação para a terceira fase. E se a Bulgária ganhar, no dia seguinte, já estaremos dentro. Temos que fazer o nosso papel e torcer pelos búlgaros", completou Dante.
Com a recuperação de Murilo, que treinou normalmente nesta quarta-feira, a Seleção deve iniciar com a mesma formação que foi derrotada para Cuba na última segunda: o levantador Bruninho, os ponteiros Murilo e Dante, os meios de rede Rodrigão e Lucão, o oposto Leandro Vissotto e o líbero Mário Jr.