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Ronaldo luta contra o peso desde 2002; relembre polêmicas

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Murilo Borges, Portal Terra

S O PAULO - Além de dinheiro, fãs, mulheres, gols e títulos, Ronaldo também coleciona polêmicas em seus 17 anos de profissional, desde seu surgimento no Cruzeiro até a chegada ao Corinthians. A mais recorrente nos últimos anos trata de seu peso, dúvida que cresce na mesma proporção de seu salário ao longo da carreira. De quase raquítico, quando vestiu pela primeira vez a camisa azul do Cruzeiro, Ronaldo passou por uma grande evolução física.

O ponto crucial foi a transferência para o PSV Eindhoven, em 1994. Lá, passou por um fortalecimento muscular e deixou de ser o "franzino" garoto de 73 kg. Desde então, seu peso só aumentou: 83 kg em 2002, 87 kg em 2005, 94 kg em 2006 até 101 kg no início de 2010, em meio à campanha corintiana na Libertadores.

Na sequência, apareceram as inúmeras lesões musculares sofridas, que "minaram" o corpo do atacante, eleito melhor jogador do mundo nas temporadas de 1996, 97 e 2002. Logo em 95, Ronaldo operou pela primeira vez o joelho direito, ao realizar uma calcificação no local.

Três anos depois, a polêmica convulsão sofrida no dia da final da Copa de 98, que marcou a derrota da Seleção Brasileira para a França, por 3 a 0. No ano seguinte, Ronaldo estourou o joelho direito e ficou cinco meses sem jogar. Na volta, em abril de 2000, rompeu os ligamentos do mesmo joelho e sofreu a pior lesão de sua vida profissional. Só voltou a jogar 15 meses depois, em amistoso da Inter de Milão, em julho.

Recuperado a tempo de brilhar na Copa de 2002, Ronaldo voltou a ser vítima de lesões em suas passagens por Real Madrid e Milan. Na Espanha, sofreu com contusões musculares, que o asfatavam recorrentemente do time. Criticado, se transferiu para o Milan, onde rompeu os ligamentos do joelho esquerdo em fevereiro de 2008. Só voltou a jogar 13 meses depois, em sua estreia pelo Corinthians, contra o Itumbiara.

Confira as principais polêmicas sobre o peso de Ronaldo:

2002 - Recuperado da lesão mais séria de sua carreira, Ronaldo volta a jogar aos poucos pela Inter de Milão, mas é criticado pelo técnico Héctor Cuper. Segundo o argentino, o atacante "não entrava em forma". Em litígio com o treinador, o craque se apresenta à Seleção Brasileira com o "fantasma do peso". Com 83 kg, Ronaldo exibe grande forma física e brilha na conquista do pentacampeonato mundial. Marcou oito gols em sete partidas e, no fim do ano, foi eleito o melhor jogador do mundo.

2003 - Já no Real Madrid, o atacante é visivelmente criticado pela torcida. A alegação dos torcedores é que Ronaldo não se doava à equipe como o espanhol Raúl, "queridinho" do clube e parceiro de ataque do brasileiro. Começa a perseguição da torcida espanhola, que passa a chamá-lo de "gordito" (gordinho).

2004 - Ronaldo começa namoro com a modelo brasileira Daniela Cicarelli. Com a evolução do relacionamento, o físico do atacante parece melhorar. Tanto que o técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, agradeceu à Cicarelli por levar o atacante sempre para caminhar quando estavam de folga. Parreira brinca e nomeia Cicarelli a "preparadora física" de Ronaldo. Prestigiada, a modelo passa a frequentar os treinos da Seleção.

2005 - Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Ronaldo reclama que é alvo de preconceito por parte dos espanhóis, por ser chamado de "gordinho". Além disso, o craque admite pesar 87 kg e alega que a televisão "engorda as pessoas". "Quando me encontram pessoalmente, ficam surpresos", diz Ronaldo, em sua auto-defesa.

2006 - O craque se reapresenta fora de forma à comissão técnica da Seleção Brasileira na véspera da Copa do Mundo. Antes do torneio, o presidente Lula questiona o técnico Carlos Alberto Parreira sobre a forma física de Ronaldo. Parreira responde que o atacante está pronto para jogar. Irritado, o camisa 9 - que não participou da vídeo-conferência - provocou. "Assim como dizem que eu estou gordo, dizem que o presidente bebe para caramba. Assim como é mentira que eu estou gordo, deve ser mentira que ele bebe para caramba".

2007 -