Jornal do Brasil
RIO - Dois gols e uma atuação quase perfeita, foi assim a noite de segunda-feira do atacante Jobson, responsável pela vitória do Botafogo sobre o líder São Paulo (3 a 2) e da manutenção da equipe fora da zona de rebaixamento. Entusiasmado, o técnico Estevam Soares chegou a comparar Jobson ao baiano Edilson Capetinha, ex-Flamengo e Vasco. Em 2009, comparações como a de domingo, coincidência ou não, têm sido prejudicial a alguns jogadores alvinegros.
É uma jóia rara. Dá dribles curtos, quem sabe não está surgindo um novo Capetinha afirmou o técnico Estevam Soares.
No início do ano, o técnico Ney Franco comparou o meio-campo Lucas Silva a outro jogador que ganhou destaque no cenário nacional, Renato Augusto, treinado por Ney no Flamengo, em 2006 e hoje no Borussia Dortmund, da Alemanha. Lucas Silva teve um estadual apagado e foi emprestado para o Bahia.
Em seguida foi a vez de Gabriel. Lateral-esquerdo promissor, fez lembrar Athirson, revelado no Flamengo e hoje no Cruzeiro. Após um bom início, incluindo gols como na semifinal da Taça Rio, contra o Vasco, mostrou inconstância e foi para o banco.
Outro alvo de comparações foi atacante Victor Simões. Destaque no Campeonato Estadual, com 11 gols, ganhou a bênção e a alcunha de Donizete, ex-jogador de Botafogo e Vasco, apelidado de Pantera. O atacante alvinegro chegou até a comemorar gols imitando o ídolo.
De lá para cá, Victor Simões amargou o ostracismo, foi para o banco e só marcou oito gols no Brasileiro. Curiosamente, ele deve ser o substituto de Jobson no decisivo jogo de domingo, contra o Atlético-PR, fora de casa.
Na comemoração do gol decisivo, Jobson tirou a camisa, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Além dele, o capitão Juninho, também expulso, não enfrenta os paranaenses. Na zaga, o mais provável é a entrada de Emerson, Teco corre por fora.