ASSINE
search button

Flu viaja 10 mil km para 1º jogo da final da Sul-Americana

Compartilhar

Tiago Leite, Jornal do Brasil

RIO - Seguindo a maratona de jogos para escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro e conquistar o título da Copa Sul-Americana, o Fluminense colocará mais uma vez à prova o seu limite físico nesta semana. Após mais uma vitória na competição nacional, no último domingo, contra o Sport, 3 a 0 no Recife, a delegação tricolor partiu rumo à altitude de Quito, no Equador, onde enfrenta a LDU na primeira partida da decisão do torneio continental, quarta-feira. Dessa forma, o time passou mais de 24 horas entre decolagens e pousos nos últimos três dias, percorrendo aproximadamente 10 mil quilômetros.

A nova saga tricolor começou no último sábado, quando o time saiu às 12h do Rio de Janeiro e chegou por volta das 15h (horário de Brasília) na capital pernambucana. No dia seguinte, sem tempo de respirar após a vitória na Ilha do Retiro, os jogadores viajaram às 22h30 em voo fretado para Guarulhos. A delegação aterrissou em São Paulo na madrugada de segunda-feira e, pela manhã, embarcou para Lima, no Peru, na última escala antes da chegada em Quito, às 18h (de Brasília, o fuso é de três horas a menos na cidade equatoriana) .

Único time do país a jogar duas vezes por semana, o Fluminense, como ressalta o técnico Cuca, vive "no fio da navalha", sem direito de errar nesta reta final. Os jogadores vem fazendo sua parte dentro de campo, mantendo uma invencibilidade de 13 partidas, sendo oito vitórias consecutivas, nas duas competições e a torcida dos tricolores é para que a energia não se esgote antes do dia 6 de dezembro, data de encerramento da temporada. Como não há possibilidade de o clube se livrar do rebaixamento antes da última rodada do Brasileiro, a esperança é que a equipe mantenha o ritmo e derrame a última gota de suor apenas no apito final contra o Coritiba, no Couto Pereira.

Além da longa viagem e do fuso horáio de três horas a menos, outro fator preocupante são os 2.850 metros de altitude da capital equatoriana. O ar rarefeito faz com que o desgaste seja maior e será o momento do tricolor mostrar se tem fôlego para o sprint final. O preparador físico Ronaldo Torres garante que o time está preparado para encarar a altitude. Segundo ele, o que pode interferir é o aspecto fisiológico de cada jogador.

- Com relação ao preparo físico, os atletas estão prontos, não haverá problema algum. Já quanto ao aspecto fisiológico, depende da genética de cada um. Alguns jogadores podem sentir um pouco mais - disse Torres.

Cuca comanda um treino de reconhecimento terça-feira à noite, no estádio Casablanca, local da decisão. O técnico segue sem contar com Digão e Maicon, lesionados. A tendência é que Cássio seja mantido na zaga e Alan seja o parceiro de Fred no ataque. Após cumprir suspensão no Brasileiro, o volante Diguinho retorna ao time no lugar de Maurício. LDU e Fluminense voltam a decidir um título sul-americano depois de um ano. Em 2008, o time equatoriano frustrou o sonho tricolor de conquistar pela primeira vez a Libertadores ao vencer a decisão por pênaltis, em pleno Maracanã.