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Fifa estuda usar passaportes biológicos para combater doping

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REUTERS

ZURIQUE - A Fifa, organismo que comanda o futebol mundial, trabalhará com a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) para intensificar a pressão contra o doping no esporte, possivelmente adotando passaportes biológicos ao estilo do ciclismo.

- Essa é uma estratégia que pode ser extremamente benéfica nos próximos anos - disse o presidente da Wada, John Fahey, a jornalistas após um encontro com o presidente da Fifa, Sepp Blatter, na sede do organismo, na quinta-feira.

- Nós saudamos essa parceria e estamos felizes porque um esporte tão importante está preparado para trabalhar conosco - acrescentou ele, advertindo que poderia levar tempo para implementar as medidas.

- Isso pode não trazer resultados imediatos - disse.

Desde janeiro de 2008 a União Ciclista Internacional (UCI) colhe amostras de sangue de todos os ciclistas profissionais a fim de criar um perfil médico, que será comparado com os dados registrados em testes antidoping.

- Esse é um projeto de longo prazo e vale a pena ser explorado - disse a principal autoridade médica da Fifa, Jiri Dvorak, acrescentando que a Fifa faz 33 mil testes de doping por ano.

- Desses, 0,3 por cento testa positivo, na maioria para drogas sociais como maconha e cocaína - afirmou Dvorak. Ele disse que 0,03 por cento dos 33 mil testaram positivo para drogas que melhoram o desempenho.

Recentemente, a Fifa e a Wada envolveram-se numa série de disputas, basicamente sobre a polêmica regra do paradeiro, que exige que os atletas dêem um aviso de três meses sobre onde estarão todos os dias. No entanto, os dois lados acertaram suas diferenças e Fahey afirmou que a Fifa estava agora de acordo com as regulamentações da Wada.

- A Fifa tem um robusto e extenso programa antidoping e... está totalmente de acordo com o comitê mundial antidoping - afirmou ele. - O programa da Fifa é um programa muito bom.

Blatter, o presidente da Fifa, disse que o esporte estava fazendo tudo o que estava a seu alcance.

- Eu fui muito franco quando disse que não há drogas no futebol - afirmou ele. - Trinta e três mil (testes) é a melhor quantidade. Não podemos fazer mais do que isso.