Karolos Grohmann, REUTERS
BERLIM - O lucrativo acordo do Comitê Olímpico Internacional (COU) para transmissão das Olimpíadas de 2014-2016 para os EUA provavelmente será assinado depois que for definido o realizador dos Jogos, em outubro, disse o presidente do COI, Jacques Rogge, nesta sexta-feira.
As atuais condições financeiras e a retração do mercado publicitário não permitem que o contrato seja assinado antes da sessão do COI em Copenhague, disse ele.
- No momento em que falamos hoje é bastante improvável que haja uma negociação de direitos de transmissão para os EUA antes da sessão de Copenhague e o motivo é bastante simples - afirmou Rogge, de 67 anos, em entrevista à Reuters.
- É que o mercado econômico ainda não se revitalizou o bastante, especialmente o mercado publicitário do qual vivem as emissoras norte-americanas. Ainda está em baixa e nós preferimos esperar uma época melhor para negociar - disse Rogge.
A maior fonte de recursos do COI consiste de direitos de transmissão, que se estima vão render cerca de 4 bilhões de dólares no período dos Jogos de 2010-2012. Desse total, perto de 2,2 bilhões de dólares provêm do acordo norte-americano, com a emissora NBC.
Anteriormente as emissoras eram definidas antes do anúncio da cidade-sede. Madri, Tóquio, Rio de Janeiro e Chicago disputam os Jogos de 2016.
Se por um lado a crise de crédito pode ter retardado o patrocínio e os acordos de transmissão, por outro teve pouco impacto nas finanças e bens do COI, disse Rogge.
- Os rendimentos do COI são estáveis. Sentimos um pouco a fisgada da crise, mas isso era inevitável - declarou Rogge. - Hoje a perda total de ativos (do COI) está abaixo de 1 por cento. Não há com o que se preocupar.
Rogge disse que os preparativos para os Jogos estão no caminho. Ele demonstrou otimismo em relação aos Jogos de Inverno de 2014 na cidade russa de Sochi, cujo orçamento sentiu mais severamente os efeitos da crise de crédito, já que se apressava para construir do nada a maioria dos locais.
- Estamos satisfeitos com o nível dos preparativos para Sochi - disse ele. - A cidade está mudando a cada dia. Nunca se deve subestimar a capacidade dos russos.