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Correndo em Le Mans, Bruno Senna pensa na F1

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Alan Baldwin, REUTERS

LONDRES - Se as coisas tivessem acontecido de outra forma, Bruno Senna poderia estar se preparando para o próximo Grande Prêmio da Inglaterra de Fórmula 1 como companheiro de Jenson Button.

Em vez disso, o brasileiro estreia neste fim de semana nas 24 Horas de Le Mans, mas com a Fórmula 1 ainda na cabeça.

Com 25 anos, o sobrinho do tricampeão Ayrton Senna disse à Reuters nesta quinta-feira que sente ter toda a probabilidade de enfrentar Button, talvez já no campeonato do ano que vem.

"Tenho falado com algumas pessoas, há boas chances na Fórmula 1 no ano que vem, eu acho", falou por telefone do circuito de La Sarthe.

"O mercado vai estar um pouco mais aberto: alguns contratos acabam, algumas equipes querem entrar na Fórmula 1. De fato, deve ser um pouco mais estável do que foi neste ano."

Bruno Senna terminou a temporada passada como vice da GP2 e fez teste pela Honda. Ele era o principal nome para substituir Rubens Barrichello na equipe japonesa.

Chegou a ser publicado que Senna já tinha um contrato assinado, algo que ele nega. Mas tudo desabou quando a Honda saiu da categoria, em dezembro.

Quando Ross Brawn assumiu a equipe, foi Barrichello quem ganhou a vaga de companheiro de Button, que venceu seis das sete primeiras corridas deste ano.

VERSATILIDADE

Bruno Senna disse que não quer ser deixado de lado novamente neste ano, ainda que o impasse entre as atuais equipes e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) torne difícil saber para onde caminha a categoria. A lista de participantes da próxima temporada deve ser publicada na sexta-feira.

"Eu não acho que alguém esteja confiante de estar falando com as pessoas certas", falou. "Ninguém sabe quem vai participar, e se a Fórmula 1 vai existir como ela é hoje."

"Aumentamos as nossas chances... estamos falando com mais de dois times."

O brasileiro vai correr em Le Mans com a equipe Oreca, cuja principal meta é terminar a prova e chegar o mais perto possível das favoritas Audi e Peugeot, com motores a diesel.

"É um grande programa, porque eu estou aprendendo um monte de coisas diferentes. Tecnicamente tem sido ótimo para mim", disse ele.

"Acho que não vai ter reabastecimento no ano que vem na Fórmula 1, então aposto que saber poupar combustível sem perder muito tempo vai ser uma habilidade boa para um piloto."

"Se eu tiver uma chance na Fórmula 1 no ano que vem, eu poderia ser um dos pilotos mais versáteis do grid", completou.