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Saiba outras "falcatruas" de Ross Brawn na F1

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Portal Terra

RIO DE JANEIRO - Do tempo em que era mecânico na Fórmula 1 - passando por engenheiro - até assumir o controle de uma equipe, Ross Brawn soma algumas "falcatruas" que lhe renderam algumas vitórias nas pistas. A última delas - o difusor traseiro da Brawn GP, criticado por equipes como Ferrari e Toyota - ajudou sua escuderia a aniquilar as adversárias e vencer a corrida do último domingo, na Austrália, com direito a uma dobradinha Button/Barrichello.

Na polêmica do difusor traseiro, a Brawn GP se utilizou de uma brecha nas regras da Fórmula 1 e encontrou uma maneira de criar um canal a mais para a saída de ar, aumentando assim o tamanho da peça - como fez os projetistas de Toyota e Williams. A equipe de Ross Brawn, porém, conseguiu ainda um efeito maior ao fazer com que o ar saia por cima de uma pequena "asa", aumentando ainda mais a pressão aerodinâmica.

Histórico

Em 1994, Brawn trabalhava na Benetton com Flavio Briatore, que hoje também questiona algumas medidas do ex-colega. Naquele tempo, a equipe adotou um assoalho irregular, que se desgastava mais do que os outros, e o alemão Michael Schumacher, principal piloto da escuderia, chegou a ser suspenso por duas corridas pelo fato de a peça "empurrar" o carro para o chão (efeito solo), assim como faz o difusor da Brawn GP.

No mesmo ano, um incêndio ocorreu no carro do holandês Jos Verstappen, colega de Schumacher na Benetton. O caso foi apurado e se descobriu que faltava um filtro na boca da mangueira de gasolina, retirado de propósito para aumentar a velocidade durante o reabastecimento.

Apesar das polêmicas, Schumacher foi bicampeão mundial com a Benetton (1994 e 1995) e depois aceitou o desafio de reerguer a Ferrari - ao lado de Ross Brawn. A parceria voltou a funcionar, com o alemão somando mais cinco conquistas e se tornando o maior vencedor da história da F1, mas não sem levantar questões sobre os métodos adotados para se chegar ao sucesso.

Com Schumacher, Brawn comemorou os títulos de 2000 a 2004, mas a partir daí, com a subida de produção do então jovem piloto espanhol Fernando Alonso, hoje bicampeão mundial, a Ferrari adotou a estratégia de utilizar as asas flexíveis. O recurso, porém, foi vetado antes mesmo de ser implantado em um GP.