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LA PAZ, BOLÍVIA - O técnico da seleção argentina, Diego Maradona, deve ser menos ousado quando seu time visitar a Bolívia, na altitude de La Paz, quarta-feira, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.
Maradona escalou a seleção com três atacantes - Lionel Messi, Sergio Aguero e Carlos Tevez - no jogo de sábado contra a Venezuela, em Buenos Aires, e acabou recompensado com uma goleada por 4 a 0.
Mas é improvável que ele repita sua formação ambiciosa 3-4-3 a 3.600 metros acima do nível do mar, onde seus jogadores devem sentir os efeitos do ar rarefeito.
Nós não podemos jogar o mesmo jogo que fizemos contra a Venezuela, nós precisamos manter um equilíbrio disse o meio-campista Juan Sebastian Verón, em uma entrevista para a televisão, na segunda-feira.
A Argentina está em 2º lugar nas eliminatórias sul-americanas, com 19 pontos em 11 jogos, enquanto a Bolívia está em 9º e praticamente eliminada.
Antes de ser apontado como técnico em outubro do ano passado, Maradona esteve ativamente apoiando a campanha da Bolívia contra uma proibição da Fifa a jogos em La Paz.
Ele chegou a jogar uma partida de caridade em La Paz, na qual o presidente boliviano, Evo Morales, também esteve presente.
Você deve jogar onde nasceu, nem mesmo Deus pode proibir isto, e certamente nem Blatter (o presidente da Fifa, Joseph Blatter) disse Maradona naquela época. A Fifa mais tarde revogou a proibição.
Na quarta-feira, o zagueiro Martin Demichelis estará de volta ao time argentino, após cumprir suspensão, enquanto Jonas Gutiérrez ficará de fora depois de receber um segundo cartão amarelo contra a Venezuela.
Maradona deve sacrificar ou Tevez ou Aguero no ataque e colocar mais um jogador na defesa.
O técnico da Bolívia, Erwin Sánchez, também pensa em realizar mudanças no time, que perdeu para a Colômbia no sábado de 2 a 0.
Os atacantes Marcelo Martins e Joaquin Botero, que marcaram cinco gols cada, em um total de 13 da Bolívia, devem voltar à equipe.