Agência ANSA
ROMA - O chefe da equipe Renault, Flavio Briatore, disse nesta segunda-feira, durante sua participação em um programa esportivo do canal de televisão italiano RAI, que é favorável à realização de um GP em Roma, mas ressaltou que será difícil manter dois Grandes Prêmios na Itália.
- A idéia do GP de Roma é espetacular e fantástica - disse o empresário italiano, de 58 anos. - Do ponto de vista do espetáculo e televisão é fantástico.
No entanto, Briatore previu problemas caso se realizem no mesmo campeonato o 'novo' GP de Roma e o GP de Monza, considerado um dos mais tradicionais da F-1.
- Já temos Monza e não penso que poderemos ter dois Grandes Prêmios. Pode ser que aconteça, se for só uma vez. Se acontecer, haverá um sacrifício para o GP de Monza. Duas corridas na Itália são muito difíceis de manter - explicou o chefe da Renault.
- Se dependesse de mim e pudesse votar nos dois GPs na Itália, eu votaria absolutamente sim. Os Grandes Prêmios em circuito urbano são um grande espetáculo - acrescentou.
Em vista da próxima reunião da Associação das Equipes da Fórmula 1 (Fota) em Genebra nesta quinta-feira, Briatore destacou a importância da união entre as instituições que controlam a F-1.
- Atualmente, existe um triângulo: nós, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e Bernie Ecclestone (o homem forte da F-1) - comentou o italiano.
Sobre as propostas que estarão em pauta na reunião da Fota, Briatore afirmou que será importante "tornar os GPs mais espetaculares e diminuir os custos, mantendo o espetáculo".
- Queremos cortar os custos em 40%-50%. Devemos voltar a ter equipes 'humanas' de 200 pessoas e não 2 mil. Devemos ter mais imprevisibilidade na F-1, devemos ter um esporte com mais emoção - avaliou.
Para Briatore, os espectadores querem ver ultrapassagens e reviravoltas.
O chefe da equipe Renault também falou sobre o brasileiro Felipe Massa e disse que mudou sua opinião sobre o piloto da Ferrari após a última temporada.
- No ano passado fez um campeonato incrível e não é culpa sua se não venceu. A dupla [de pilotos] da Ferrari é muito boa, superior à da McLaren - elogiou o italiano.
O Mundial de Fórmula 1 começa oficialmente em 29 de março com o GP da Austrália, em meio à grande preocupação de dirigentes, pilotos e torcedores sobre os efeitos da crise no esporte.