Portal Terra
BRASÍLIA, DF - Jogadores da geração de ouro do basquete brasileiro, campeões mundiais em 1959, ofereceram nesta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a possibilidade de virarem "consultores" para futuras promessas do esporte nacional. A idéia é que eles possam coordenar projetos em escolas, no Museu Itinerante do Basquete, a ser inaugurado em março, e atuar como tutores de atletas profissionais e de novos talentos.
O governo deverá estudar nas próximas semanas detalhes de como os jogadores poderão cumprir os serviços e a remuneração a ser dada a eles. Todos os atletas que visitaram o presidente, Wlamir Marques, Waldyr Boccardo, Edson Bispo e Jathyr Schall, recebem atualmente pensões do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
Viemos em busca de sermos colocados à disposição do Ministério do Esporte e do governo como prestadores de serviço. Queremos ser úteis nisso, já que nunca fomos utilizados pela Confederação Brasileira de Basquete disse Wlamir, lembrando que existe entre a geração de ouro "raiva" dos dirigentes do esporte pela falta de prestígio dispensada aos campeões mundiais.
Podemos fazer palestras, participar de eventos, fazer parte de conselhos esportivos. Não viemos à busca de migalhas ou de emprego. Acho que estou valendo alguma coisa nesse país. Joguei 18 anos e acho que o Brasil me deve alguma coisa. Não queremos dinheiro, queremos ser aproveitados pelo País. Nossa proposta é de lealdade ao País lembrou o ex-atleta.
De acordo com o secretário nacional de Auto-Rendimento do Ministério do Esporte, Djan Madruga, o governo já prepara uma rodada de palestras dias 18 e 19 de fevereiro em São Paulo para discutir como preparar os esportistas para a transição de suas carreiras e para o fim das competições. A proposta específica para os campeões mundiais de basquete deverá ser um dos itens da pauta.
Na campanha do Brasil no Mundial, que foi disputado em Santiago (Chile), o Brasil venceu o Canadá (69 a 52), o México (78 a 50), Formosa (94 a 76), Bulgária (62 a 53), Porto Rico (99 a 71), Estados Unidos (81 a 67) e o Chile (73 a 49).