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Brasileiras ficam fora do draft da liga americana

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Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - Várias brasileiras se inscreveram, com currículos bem recheados, com medalhas olímpicas, inclusive. Mesmo assim, nenhuma delas foi escolhida entre as 70 do draft da nova liga profissional americana feminina de futebol, a WPS. No evento realizado na última sexta em Saint Louis, a americana Amy Rodriguez, algoz do Brasil na final dos Jogos Olímpicos de Pequim, foi a primeira da lista e vai defender o Boston Breakers na temporada que começa dia 29 de março, com o confronto entre o Los Angeles Sol, de Marta, contra o Washington Freedom, de Abby Wambach.

Entre as brasileiras inscritas no draft estavam jogadoras de seleção brasileira como a goleira Bárbara e as zagueiras Mônica e Tânia Maranhão. O maior problema é que a maioria dos sete times já havia esgotado a cota de quatro estrangeiras. Apenas americanas foram escolhidas ou jogadoras com dupla nacionalidade, como a chinesa Ouying Zhang, de 33 anos.

Jogadoras veteranas também foram escolhidas. A maior surpresa foi a presença de Brandi Chastains, de 40 anos, escolha número 45, que defenderá o FC Gold Pride. Ela marcou presença em duas conquistas de medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, além de uma prata.

Outra ex-seleção da lista é a goleira Briana Scurry, de 37 anos, pivô da polêmica na semifinal da Copa do Mundo de 2007, quando substituiu a titular Hope Solo contra o Brasil, porque segundo o técnico nunca havia sido derrotada pelas brasileiras. O resultado foi uma vitória de 4 a 0 da seleção brasileira. Ela foi escolhida em 35º e será adversária de Marta na estréia, pois jogará no Washington Freedom.

Nova chance

Apesar da decepção no draft, as brasileiras ainda podem sonhar com uma vaga na liga profissional. Os sete times abrem testes a partir do dia 1 de fevereiro em busca de novas jogadoras para compor o elenco. Raquel Bueno, por exemplo, atacante da Sam Houston State, já se programou para enfrentar dois deles para tentar um lugar na liga.

Vou tentar em Nova York (Sky Blue FC) e Chicago (Red Stars) disse Raquel, muito amiga de Cristiane, que vai jogar no Red Stars.

Para tentar a sorte nos try outs, como os americanos chamam esses testes, é preciso pagar uma taxa. No Chicago Red Stars, por exemplo, será realizado no dia 12 de fevereiro e o valor é de US$ 75, que vale uma camisa e dois ingressos para o jogo de abertura em casa contra o Sky Blue, dia 19 de abril. As que forem aprovadas nas duas sessões do primeiro dia serão convidadas para voltar no dia seguinte.

Brasileiras na WPS

Além de Marta e Cristiane, outras brasileiras foram escolhidas no draft internacional da liga: Formiga, Érika, Fabiana, Maycon, Adriane, Esther, Rosana, Francielle, Daniela Alves e Renata Costa. Mas nem todas serão contratadas inicialmente depende da negociação com seus clubes. Além delas, o técnico Jorge Barcellos vai comandar o Saint Louis Athletica e a ex-jogadora Sissi será auxiliar no FC Gold Pride.