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Parreira se preocupa com a atual situação do time

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Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - Carlos Alberto Parreira tem profunda identificação com o Fluminense. O técnico que brindou o país com o tetracampeonato mundial, em 1994, está preocupado com a atual situação do Fluminense, que anda mal das pernas no Brasileiro.

O time precisa se recompor alerta o técnico, campeão carioca pelo clube em 1975, e vencedor da Série C de 1999. Estes próximos jogos, contra Botafogo e Goiás, serão fundamentais. O Botafogo vinha de boa seqüência sem perder, e o Goiás sempre complica quando atua fora de casa. O Fluminense pode vencer, tem um time de qualidade, mas será complicado.

Para o técnico, a perda de jogadores como Thiago Neves, Cícero e Gabriel para o mercado internacional impediu que o time se recuperasse rapidamente do trauma vivido na decisão da Libertadores, contra a LDU, do Equador, no Maracanã, em julho. Na realidade, Parreira pensa que a janela de transferências é um fardo para todos os clubes do país, que ainda precisam se adequar a ela.

- Hoje as equipes estão permanentemente se reestruturando. Eles montam um elenco no início do ano, precisam remontá-lo depois da janela, no meio da temporada, e recomeçam tudo em janeiro. Então, todos enfrentam muita irregularidade, não há uma seqüência.

Segundo ele, a torcida não está satisfeita com essa cruel realidade.

Certo dia desses, um torcedor do Fluminense me abordou e reclamou que os times não têm mais referências. Os melhores vão logo embora. Ainda que o torcedor vá ao estádio para torcer pelo seu time, ele quer ver o craque em ação. Temos de encontrar uma solução para que o jogador fique um pouco mais. Não se pode proibir a transferência no futebol atual, mas é preciso encontrar uma forma de não prejudicar tanto os clubes.