Agência AFP
LONDRES - O presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), Max Mosley, negou nesta segunda-feira ter participado de uma orgia sadomasoquista com conotação nazista, como afirmou o tablóide News of the World.
Mostrada em um vídeo divulgado pelo jornal no dia 30 de março, a sessão sadomasoquista não continha 'qualquer alusão' ao nazismo, afirmou Mosley, acrescentando que 'poucas coisas têm menos apelo erótico que uma encenação nazista'.
O jornal havia qualificado o vídeo de 'orgia nazista', lembrando o passado fascista do pai de Max Mosley.
O presidente da FIA, 68 anos, aparecia no vídeo com cinco mulheres, algumas vestindo trajes de prisioneiro. Mosley não nega a sessão sadomasoquista, mas refuta qualquer conotação nazista.
- Durante toda a minha vida, as pessoas se referiram ao meu passado e aos meus pais, e é a última coisa da qual quero me lembrar num contexto sexual - declarou Mosley ao juiz David Eady durante uma primeira audiência no tribunal.
O presidente da FIA move um processo contra o grupo News Group Newspaper, que publica o News of the World, por violação da vida privada.
- Minha mulher e eu estamos juntos há 50 anos, e ela não conhecia esse aspecto da minha vida -explicou Mosley, insistindo no efeito 'absolutamente catastrófico' da divulgação do vídeo.
- Tenho dois filhos, e não há nada pior para um filho do que ver isso em um jornal - prosseguiu.
Apesar do escândalo suscitado pela divulgação das imagens, o patrão da FIA foi mantido no cargo no início de junho.