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Norma de portões fechados na Itália é de 2005

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Agência EFE

ROMA - A norma que obriga a realização de jogos sem público em estádios sem condições de segurança na Itália, aplicada nesta segunda-feira pelo Governo do país, é do ano de 2005, mas não tinha sido utilizada desde então.

Governo e autoridades do setor do esporte decidiram pela medida como resposta aos distúrbios na partida entre Catania e Palermo, na última sexta-feira, que resultaram na morte de um policial e na paralisação do campeonato.

As regras fazem parte do decreto Pisanu de 2005, que leva o nome do então ministro do Interior e inclui medidas como catracas nas portas, um sistema fechado de vídeo-vigilância dentro do estádio, ingressos individuais e lugares marcados, além de uma ampla área de revista policial fora dos locais.

Dos atuais estádios italianos, cumprem totalmente as normas de segurança o Olímpico, em Roma, e o campo de mesmo nome em Turim. Outros que podem ser aprovados são o Luigi Ferraris (Gênova), San Filippo (Messina), Barbera (Palermo), Enio Tardini (Parma) e Artêmio Franchi (Siena).

Além disso, alguns estádios estariam muito perto de cumprir as normas: Giuseppe Meazza (Milão), Armando Picchi (Livorno) e Artemio Franchi (Florença, leva o mesmo nome que o de Siena).

Entre as autoridades presentes à reunião, realizada na sede da Presidência do Governo, estiveram o ministro do Interior, Giuliano Amato, o presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), Gianni Petrucci, e o comissário Extraordinário da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Luca Pancalli.

Ao término da reunião, que durou quase duas horas, um representante do Governo anunciou as medidas, que serão levadas para aprovação a uma reunião extraordinária do conselho de ministros prevista para a próxima quarta-feira.

Este conselho é o que deverá aprovar as medidas estudadas e estipuladas hoje.

Curiosamente, as medidas não haviam sido aplicadas anteriormente por uma solicitação da Liga Profissional de Futebol, que havia pedido um adiamento das mesmas.

Amato apontou que, em virtude da esperada aprovação pelo conselho de ministros, não se permitiria jogar jogos de futebol com público nos estádios que não estejam adequados. Os locais só voltariam a receber torcedores quando cumprissem as regras.

Outra das medidas imediatas é a proibição de venda de ingressos às pessoas com antecedentes criminais, incluindo menores de idade.

Além disso, a possibilidade de detenção por incidentes nos jogos de futebol se estende às 48 horas posteriores à sua realização. Também será proibido todo tipo de relação entre clubes e torcidas organizadas.

Já Pancalli disse que, até a aprovação das medidas imediatas por parte do conselho de ministros, não será decidida uma data para a volta da competição.