ESPORTES
NAS QUADRAS - Tudo sobre basquete
Por PEDRO RODRIGUES
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Publicado em 03/12/2022 às 11:09
Alterado em 03/12/2022 às 11:09
Morosidade
A temporada 2022/23 começou em outubro, com nem 1/4 dos 82 jogos previstos completados, e já parece uma das temporadas mais longas da história da NBA. Claro que a impressão não é a realidade, mas está faltando aquela certa “chacoalhada" para manter os fãs da maior liga de basquete do mundo motivados e, de preferência, engajando seus conteúdos.
Por que estamos com essa impressão? Talvez porque grande parte das previsões para a temporada 2022/23 parece estar se confirmando. Uma das previsões era o Bucks voltar a dominar o Leste com Giannis Antetokounmpo com grandes chances de vencer o prêmio de jogador mais valioso, o MVP. Está acontecendo. Outro exemplo: mesmo com suas lesões, alguem duvida que Paolo Banchero, do Orlando Magic, será o calouro do ano na NBA? Ou então, que o Lakers, em sua divina genialidade, achou que somente trocando o técnico e alguns veteranos poderia colocar para funcionar o trio Lebron-AD- Westbrook? Não deu certo na temporada passada, e continua não dando.
O que pode dar aquele impulso de energia no público? Baseados nos últimos anos, não dá para apostar nos jogos de Natal. Apesar de ter Lakers, o Mavs de Luka Doncic e o confronto de Ja Morant, do Grizzilies, e Steph Curry, do Warriors, a tendência dos últimos anos é termos jogos morosos, até certo ponto sonolentos.
Apostamos que a data que irá efetivamente “dar a partida” no interesse da temporada será 15 de dezembro. Isso porque essa é a data em que a maioria dos agentes-livres que assinaram durante o último verão americano pode ser trocada. E o que não falta são nomes para serem movimentados. O Atlanta está doido para se ver livre do ala John Collins, o Suns já disse que Jae Crowder está no mercado e o 76ers quer vencer agora. Isso faz com que qualquer um que não se chame Embiid ou Harden possa ser trocado pelo time da Filadélfia.
Extinção
A NBA deve estar com um olho bem atento à situação do Twitter. Desde que Elon Musk virou CEO da empresa, a rede do pássaro azul tem sofrido com a sua liderança errática. Uma das decisões de conceder o selo de verificação azul por 8 dólares causou constrangimentos para grandes marcas e, infelizmente, para a própria NBA. Um usuário criou um perfil verificado com o nome “Lebron James” e postou uma despedida do Lakers, e avisou que estava voltando ao Cavs. Rapidamente, a rede tirou o post do ar.
O Twitter é de Facto a rede mundial de informações, observações, noticias e humor da NBA. Todas as outras redes sociais falharam neste sentido. Facebook, Reddit e grupos fechados em programas de mensagens como WhatsApp e Telegrama não têm o impacto nuclear de um tuíte de Woj ou Shams. Manter seu funcionamento é de suma importância para NBA e sua base de fãs. Isso, até surgir uma alternativa viável. Será?
Os 12 Trabalhos
O Flamengo fez o dever de casa nesta semana vencendo os dois jogos contra os time do Planalto Central. Na terça-feira, venceu o Cerrado por 91 a 80 e o Brasilia por 72 a 50. A torcida estava esperando dois jogos mais fáceis, com diferença de placar mais substancial, mas o Flamengo de hoje é um time em formação. Para dificultar a situação, jogadores como Hettsheimer, Olivinha, Pepe Vildoza e Penka Aguirre estão voltando de lesões. Após os dois jogos, em entrevista, o técnico Gustavo de Conti comentou que “o ataque ainda tem alguma dificuldade, mas a defesa tem melhorado. Conseguimos fazer uma defesa muito boa, sendo muito consistente”.
Esta consistência e melhora no time passa pela adaptação dos dois armadores principais, os Argentinos Penka Aguirre e Pepe Vildoza. Aguirre tem se mostrado eficiente nas assistências, 4.7 de média, e na defesa. Porém, sua produção no ataque tem sido baixa, com 5.4 pontos de média. Já Vildoza tem um gatilho bem melhor, com 12 pontos de média, mas as lesões têm atrapalhado a passagem do bom armador pelo Rubro-negro. Perguntamos ao técnico do Flamengo, Gustavo de Conti, sobre os dois armadores: “Eles são fundamentais para a gente, especialmente no ataque, mas no jogo de hoje (contra o Brasilia) o Penka (Aguirre) foi um monstro na defesa, parando o Ricardo Fischer (armador do Brasilia). Já o Pepe (Vildoza), estamos com uma dificuldade porque ele está se lesionando muito, então ele praticamente não está treinando. A partir do momento que ele tiver mais tempo para treinar, acredito que veremos uma melhora”.
Estes treinamentos serão fundamentais para o Flamengo. O time entra agora em um mês de dezembro com partidas complicadas, como a estreia fora de casa, no Uruguai, na BasketBall Champions League, BCLA, e dois jogos duríssimos pelo NBB, contra o São Paulo e o Franca. O que o Flamengo está tentando é hercúleo. Pela primeira vez desde que o técnico Gustavo de Conti assumiu, em 2018, o Flamengo não tem nenhum armador da temporada anterior, um grupo quase todo novo, e os adversário diretos, como Franca, São Paulo e Minas mexeram muito pouco ou quase nada no elenco.
Dezembro será de decisões para o basquete do Flamengo.