A derrota vexatória por 4 a 1 para o Cerro Porteño, no Paraguai, nesta quarta (10) fez Levir Culpi perder respaldo nos bastidores do Atlético-MG. Sem o apoio de parte do elenco e com resultados ruins na Libertadores, o técnico começa a sofrer pressão interna para uma iminente queda.
Membros da cúpula evitam se manifestar oficialmente sobre uma eventual demissão do técnico, que tem contrato até dezembro de 2019. No entanto, a reportagem apurou que uma troca no comando já é tratada como uma possibilidade.
A principal insatisfação é pela campanha que pode culminar na pior do clube na história da Copa Libertadores. Com três pontos em quatro rodadas, o Atlético corre risco de eliminação ainda na fase de grupos, o que jamais ocorreu no atual formato do torneio.
Outro ponto que pode contribuir para uma saída de Levir é a relação com o elenco. Embora tenha facilidade para lidar com os boleiros, o técnico sofre com críticas pela forma como trabalha a equipe.
O excesso de coletivos é a principal insatisfação de parte dos jogadores, que espera mais que uma atividade com duas equipes de 11 atletas divididas em um campo de treinamento.
Os atletas já expuseram a situação a membros da diretoria. O fato é conhecido há algum tempo e ficou ainda mais evidente quando o treinador optou por escalar um time diferente após as críticas externas pelo excesso de gols sofridos nas primeiras fases da Libertadores.
À época, ele formou o time com Adilson e Zé Welison entre os volantes, e Elias na ponta esquerda. Ele jamais havia trabalhado a formação, somente às vésperas do jogo de volta da terceira fase da Libertadores, quando empatou em 0 a 0 com o Defensor Sporting (URU).
A forma como Patric deixou o time não agradou aos líderes do elenco. Alvo de constantes críticas da torcida, o lateral-direito foi substituído por Guga por pressão externa, mesmo que o próprio técnico o tivesse como um nome de confiança. Patric virou reserva imediato do atleta recém-contratado no triunfo por 3 a 2 sobre o América-MG, no Mineirão, pela primeira fase do Campeonato Mineiro.
Apesar da pressão e da falta de apoio até no vestiário, a diretoria do Atlético não pensa em trocá-lo sem ter um escolhido para o cargo definido. Os nomes ainda são estudados.