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Após dois adiamentos e muita polêmica, Boca e River Plate decidem a Libertadores em Madri

GABRIEL BOUYS / AFP -
Torcedores de River Plate e Boca Juniors confraternizam diante do Estádio Santiago Bernabéu, palco da final da Copa Libertadores
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Naquele que talvez seja o maior anticlímax da história do futebol, Boca Juniors e River Plate decidem hoje (17h30m, horário de Brasília) a Copa Libertadores das Américas de 2019. Apesar do nome, a final da principal competição do futebol sul-americano será jogada no Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid, na capital espanhola. Aquela que seria a maior decisão de todos os tempos, se transformou num grande vexame, principalmente para os argentinos, que até agora não se conformaram com a decisão da Conmebol

Os arquirrivais iniciaram a decisão há quase um mês, no último dia 11 de novembro. O primeiro jogo seria, na verdade, um dia antes, mas, foi adiado devido a um temporal que desabou em Buenos Aires no dia do jogo. Adiado para domingo, Boca e River empataram em 2 a 2, na Bombonera, numa bela partida de futebol.

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Torcedores de River Plate e Boca Juniors confraternizam diante do Estádio Santiago Bernabéu, palco da final da Copa Libertadores (Foto: GABRIEL BOUYS / AFP)

Os problemas começaram no dia do segundo jogo, que seria disputado no Monumental de Núñez. Ao se aproximar do estádio, o ônibus do Boca Juniors foi atacado e alguns jogadores ficaram feridos, entre eles o capitão Pérez, que teve o olho esquerdo atingido. A partida foi adiada para o dia seguinte e novamente cancelada, já que não havia clima para a disputa de um jogo tão importante.

Depois de muita polêmica, a Conmebol decidiu transferir a decisão da Libertadores para Madri. Feriu de morte o orgulho argentino, que não é pequeno. Tanto River quanto Boca se mostraram desconfortáveis por terem de jogar na Espanha. Espernearam, foram à Justiça, mas acabaram se rendendo.

O Bernabéu estará lotado hoje, mas de argentinos que moram na Espanha. Menos de 10% do público terá vindo da Argentina. Mesmo assim, os espanhóis estão apreensivos.

Para evitar tumultos, cerca de 4000 mil policiais trabalharão no jogo. É o dobro do que normalmente é requisitado num dia de Real Madrid x Barcelona.

River Plate: Armani; Montiel, Martinez Martínez Cuarta, Maidana, Pinola e Casco; Palacios, Ponzio, Pérez e Pity Martínez; Pratto. Boca Juniors: Andrada; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nández, Barrios e Pérez; Villa, Pavón e Ábila. Juiz: Andrés Cunha (Uruguai)