No penúltimo jogo da temporada, o Fluminense voltou a mostrar toda a sua fragilidade diante do Atlético-PR, no jogo de volta pelas semifinais da Copa Sul-Americana. Foi facilmente envolvido, perdeu por 2 a 0 e completou oito jogos sem marcar um gol sequer. Agora é salvar o ano na partida contra o América-MG, domingo, no Maracanã, na última rodada do Campeonato Brasileiro. O sofrimento tricolor vai até o fim. Já o Atlético-PR espera o vencedor do duelo colombiano entre Junior Barranquilla e Santa Fe, que jogam hoje, para conhecer o adversário na final.
Precisando pelo menos de uma vitória por 2 a 0 para levar a decisão da vaga para os pênaltis, o Fluminense começou o jogo pilhado. E o nervosismo aumentou aos cinco minutos, quando Marcelo Cirino cruzou para Nikão abrir o marcador.
Se para um time que não marcava um gol sequer há sete partidas fazer dois era tarefa árdua, depois do gol de Nikão o Fluminense passou a precisar de quatro para passar à final. Com 27 minutos, o técnico Marcelo Oliveira desfez o esquema com três zagueiros. Tirou Paulo Ricardo e pôs o lateral Léo. Jadson foi para o meio-campo.
Pouca coisa mudou. O Fluminense continuou levantando a bola a esmo na área do Atlético-PR e nada criou.
Bruno Guimarães fecha o placar
Detalhe: o Fluminense chegou a ter 70% de posse de bola e mesmo assim só acertou um chute no gol, facilmente defendido pelo goleiro do time paranaense.
Sem alternativas, o Fluminense partiu para o tudo ou nada na etapa final. Senão para conseguir a vaga, mas pelo menos para fazer um gol e acabar com o incômodo jejum.
Mas a casa tricolor caiu de vez aos nove. Num contra-ataque de almanaque, Marcelo Cirino penetrou pela esquerda e rolou para Bruno Guimarães fazer 2 a 0. A reação da torcida tricolor (mais de 37 mil torcedores foram ao Maracanã) foi imediata: “time sem vergonha, time sem vergonha”. Marcelo Oliveira tirou Marcos Júnior e pôs Everaldo, mas muitos tricolores não viram, pois já deixavam o Maracanã. Outros ficaram e protestaram, obrigando a Polícia a agir. Teve até spray de pimenta. Sobrou também para o técnico Marcelo Oliveira, chamado de burro, e para o presidente Pedro Abad, muito xingado. Depois do segundo gol, o Atlético-PR cozinhou o jogo até o fim.
Fluminense: Júlio César, Paulo Ricardo (Léo), Gum (Dodi) e Digão; Jadson, Richard, Sornoza, Júnior Dutra e Ayrton Lucas; Luciano e Marcos Júnior (Everaldo). Atlético-PR: Santos, Jonathan, Thiago Heleno, Léo Pereira e Renan Lodi; Bruno Guimarães, Lucho González (Wellington), Raphael Veiga (Marcinho) e Nikão; Marcelo Cirino (Roni) e Pablo. Juiz: Julio Bascuñan (Chile). Cartões amarelos: Gum