Novo dono do Monza, time modesto da terceira divisão do futebol italiano, o ex-primeiro ministro do país Silvio Berlusconi, que durante anos comandou o tradicional Milan, sempre gostou de uma polêmica. A mais nova envolve as regras que estabeleceu para a contratação dos jogadores de sua nova equipe. Berlusconi quer um time formado só por jovens italianos, que não tenham barba, tatuagens e cabelos pintados ou com corte exóticos.
Berlusconi, que deixou o governo italiano em 2011, estabeleceu outras regras, que, segundo ele, são inegociáveis. Por exemplo: no Monza nenhum jogador poderá usar brincos.
Mas engana-se quem pensa que o ex-primeiro ministro está preocupado apenas com o visual de seus jogadores. Berlusconi também estará atento ao comportamento dos atletas. Dentro e fora do campo. “Eles serão exemplos de correção. Pedirão sempre desculpas se fizerem uma falta durante as partidas, tratarão os árbitros como verdadeiros cavalheiros e apertarão as mãos dos oponentes ao fim dos jogos, não importando quem seja o vencedor da partida”, adiantou o polêmico dirigente.
O dono do Monza pretende ainda impor uma nova forma de dos jogadores darem autógrafos. Nada de imagens, símbolos ou coisas do gênero. “Os autógrafos não serão apenas um esboço. Os atletas precisarão escrever seu primeiro e último nome. Também sairão pelas ruas vestidos sempre com sobriedade. Em suma, serão completamente diferentes dos jogadores que habitam o futebol atual”, explica Berlusconi.