A 11 rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Flamengo terá nas próximas semanas a última chance de salvar o ano. E de não jogar pelo ralo tudo de positivo que fez na competição, sobretudo no primeiro turno. Na tentativa de gerar o fato novo, fenômeno típico do futebol brasileiro, a diretoria rubro-negra demitiu Maurício Barbieri e contratou Dorival Júnior.
O novo técnico já dirigiu a equipe no empate em 0 a 0 com o Bahia, no último sábado, mas só ontem comandou o primeiro treino com todo o elenco, no Ninho do Urubu. Agitado, como no resto de sua carreira, Dorival gesticulou e se mexeu a todo instante para passar orientações aos jogadores e corrigir os defeitos que identificava nas ações e no posicionamento de cada um.
O time titular esboçado, no entanto, foi o mesmo que entrou em campo na Fonte Nova, sem Diego Alves e Diego, e com Lincoln no comando do ataque. O goleiro sofreu lesão no músculo posterior da coxa esquerda, e ainda não sabe quando estará novamente disponível. Já o meia tem apenas um edema coxa direita, sofrido na derrota de 2 a 1 para o Corinthians, pela Copa do Brasil, mas não tem presença confirmada na próxima partida, novamente na Arena Corinthians, pelo Brasileiro.
Será na visita a seu último algoz que o Flamengo tentará iniciar a arrancada pelo heptacampeonato brasileiro. Em quinto lugar, a possibilidade parece distante, mas um exemplo do próprio clube, de quase dez anos atrás, serve de inspiração para manter o sonho vivo.
Após a 27ª rodada do Brasileiro de 2009, que terminou com improvável título rubro-negro, o Fla ocupava a sexta colocação, com 43 pontos, a dez do então líder Palmeiras. O
Palmeiras, por sinal, é novamente o primeiro colocado, com uma campanha idêntica: 53 pontos. Agora, no entanto, a vantagem em relação ao Flamengo é de apenas quatro pontos.
Daqui a quatro rodadas, o time de Dorival faz confronto direto com a equipe paulista no Maracanã. Antes, enfrenta Corinthians (fora), Fluminense e Paraná (fora).