O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou na tarde desta quinta-feira, na região central da capital paulista, que se recusa a tratar da distribuição de cargos em seu eventual governo antes do próximo domingo, data da eleição que ele disputa com o tucano José Serra (PSDB).
De acordo com Haddad, esse é um assunto que só será tratado após o fechamento das urnas e que se alguém tem tratado isso com o seu partido, é sem o seu consentimento. Haddad diz que os convites para o primeiro escalão de um eventual governo serão com critérios pré-estabelecidos e serão feitos de maneira transparente e criteriosa. Esses critérios, segundo ele, também só serão públicos após a eleição de domingo.
"Eu me recuso a lidar com isso agora. Tudo tem o seu momento certo. No devido tempo vou anunciar. Seria deselegante da minha parte antecipar esse assunto. Eu estou em campanha", disse ele.
O candidato aproveitou também para fazer críticas ao que ele considera "propostas de última hora" de seu adversário, José Serra.
"Na eleição da Dilma foi a mesma coisa. Fez várias propostas a quatro dias das eleições. Sobre salário mínimo, sobre 13º para o Bolsa Família, sobre o reajuste para os aposentados. Típico de quem não planejou a campanha", afirmou.
No debate de ontem, Serra apresentou uma proposta de ampliação de três para seis horas do tempo de validade do Bilhete Único. De acordo com o candidato tucano, o custo da mudança será de R$ 500 milhões.
Haddad esteve na tarde desta quinta-feira na sede da Academia Paulista de Letras, no largo do Arouche, centro da capital paulista. Acompanhado do ex-candidato e agora aliado Gabriel Chalita (PMDB), membro da Casa, ele recebeu apoio de personalidades como a escritora Lygia Fagundes Telles, o cartunista Mauricio de Sousa e do maestro Julio Medaglia, entre outras personalidades.