Enquanto o programa de José Serra transmitido via rádio na manhã desta terça-feira insistiu em atacar o suposto fim das parcerias com as OSs pelos petistas e exaltar o alinhamento entre prefeitura e governo estadual, a propaganda de Fernando Haddad (PT) bateu na importância da parceria com o governo federal. Para isso, os petistas usaram depoimentos de diversos ministros: Miriam Belchior, do Planejamento, Guido Mantega, da Fazenda, Aloizio Mercadante, da Educação, José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Alexandre Padilha, da Saúde, gravaram depoimentos de apoio a Haddad. O cantor e ex-ministro Gilberto Gil também declarou apoio ao candidato do PT. Já o governador Geraldo Alckmin participou, mais uma vez, da propaganda tucana.
A propaganda do PT contou com o apoio de diversos ministros para comentar a parceria com o governo federal, que, segundo a propaganda, não será trabalhada pelos tucanos. "Eles não se interessam. Eu vou buscar os recursos para impulsionar nossa cidade. Já falamos do caso das creches. Eu mesmo deixei o dinheiro disponível e não foram buscar", afirmou Haddad, citando o tempo quando era ministro da Educação.
Em seguida, diversos ministros deram depoimentos de apoio a Haddad. Miriam Belchior, do Planejamento, afirmou que a parceria com o governo federal pode "avançar muito mais. "São Paulo terá uma oportunidade única."
Guido Mantega, da Fazenda, comentou a economia, dizendo que "a presença de Haddad será boa, vai intensificar o desenvolvimento da cidade". Aloizio Mercadante, ministro da Educação, também elogiou o candidato. "São Paulo vai ter uma oportunidade única, um prefeito que entende profundamente de educação". Alexandre Padilha, da Saúde, afirmou saber da "prioridade de Haddad para a saúde", e disse que o governo federal vai "apoiá-lo fortemente".
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, comentou a segurança na capital: "com um prefeito de poder de articulação política, essa parceria pode ampliar ainda mais".
A propaganda petista exaltou ainda o apoio recebido de dirigentes dos clubes Corinthians, São Paulo e Palmeiras e contou com um depoimento breve de apoio do cantor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil. "Dessa vez, São Paulo, a cidade rima com Haddad", disse ele. O programa petista também ironizou a propaganda de Serra, que, segundo os petistas, mostraria a a situação da saúde na capital de um jeito bem diferente do que ela é na realidade, dando a entender que o tucano vivia num mundo de fantasia.
Já o programa de Serra começou focando na parceria com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Trabalhamos juntos há muito tempo, desde a época da Câmara dos Deputados", afirmou o candidato tucano, exaltando a importância da dobradinha Estado-prefeitura. "Nós já fazemos tabelinha há muito tempo."
A parceria com as Organizações Sociais (OSs) foi comentada por Serra. A propaganda tucana insistiu que o PT quer acabar com as OSs. "Isso significará desarrumar o sistema de saúde em São Paulo", atacou Serra. "O Serra não só vai reforçar a parceria com as OSs como vai aumentar o número de AMAs (Assistência Médica Ambulatorial) 24 horas", afirmou o narrador.
Em seguida, a propaganda minimizou a importância com o governo federal com a prefeitura, alegando que há problemas mais urgentes para serem resolvidos, como a inflação. "Vamos ajudar a presidente a combater a inflação e no crescimento da economia", afirmou o candidato.