Após votar em uma escola na zona sul de Porto Alegre, a presidente da República, Dilma Rousseff, disse neste domingo que é da "geração que não votou", referindo-se aos tempos da ditadura militar.
Ela se esquivou de perguntas sobre em quem tinha votado, afirmando que os três candidatos porto-alegrenses eram de sua base aliada, mas disse que, se votasse em São Paulo, o escolhido seria Fernando Haddad, candidato do qual ela participou de um comício.
"Eu sou da geração que não voltou, e é importante, mesmo quando a memória individual das pessoas vai se dissolvendo, porque muita gente no Brasil já nasceu na democracia, mas tem uma quantidade de brasileiros que se lembram do que é não ter o direto do exercício do voto", afirmou Dilma.
Perguntada sobre em quem votou, Dilma, bem humorada, respondeu: "gente, vamos combinar, o voto é secreto. Eu sou presidente, mas aqui estou exercendo minha condição de cidadã (...). Você tem que entender, os três candidatos (de Porto Alegre) são da minha base, mas votaria no Haddad", disse se referindo as disputas eleitorais gaúcha e paulistana.
A presidente disse ainda que o momento do voto é especial, porque mostra como o País é uma democracia estável, "especialmente com essa imensa festa que é escolher quem vai dirigir a sua própria cidade. Aqui, no caso, estamos escolhendo quem vai dirigir Porto Alegre. Eu vou desejar a todos os porto-alegrenses, aos gaúchos e a todos os brasileiros, que esse á uma País unido, eu desejo a todos eles e a todas elas uma ótimaeleição", afirmou.
Dilma chegou a Porto Alegre no final da manhã de sábado e passou o dia com a família. Ela chegou ao local de votação por volta das 9h20 e já seguiu para Brasília, onde deve acompanhar a apuração.