O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, rebateu neste sábado as denúncias de que o vice da sua chapa, Alexandre Schneider (PSD), teria sido conivente, durante sua gestão à frente da Secretaria Municipal de Educação, com um conluio entre empresas para superfaturar a venda de kits e uniformes escolares. O esquema, de acordo com a revista Isto É, teria causado aos cofres públicos um prejuízo de R$ 33,5 milhões.
"Isso faz parte do kit baixaria eleitoral, e não é por coincidência que sai sempre no mesmo órgão de imprensa", criticou Serra, justificando o aumento de preço, citado pela reportagem, de aproximadamente 50% no kit.
"O Alexandre, como secretário da Educação, ampliou o kit escolar, introduziu tênis, moletom, e gastou menos. Se você calcular em termos reais, o preço pago por esse kit é menor do que era pago durante a prefeitura do PT, apesar de que aumentaram o número de itens", taxando as denúncias de "pura exploração eleitoral e interesses comerciais contrariados."
Serra também comentou matéria do jornal Folha de S. Paulo que apontou que uma diretoria da Secretaria Estadual de Educação usou uma circular oficial e a página da instituição na internet para convocar dirigentes de escolas públicas da capital a participar de reunião de apoio à campanha do tucano. Ainda segundo o jornal, funcionários teriam sido ameaçados com a perda do cargo, caso não comparecessem ao evento.
Segundo a Secretaria de Educação, a servidora responsável pelas mensagens e cobranças foi afastada, e um procedimento administrativo de apuração foi instaurado.
"Eu soube pelo jornal, e acho que a questão ficou completa: a Folha fez a matéria, o governo do Estado respondeu, de forma que eu não tenho nada a acrescentar", disse. "Mas de maneira nenhuma esta foi orientação da campanha. E realmente não tem relevância como instrumento de campanha", afirmou.