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BRASÍLIA -
O Tribunal Superior Eleitoral adiou o julgamento do recurso do Ministério Público Eleitoral contra a liberação da candidatura de Maria de Lourdes Abadia (PSDB) ao cargo de senadora pelo Distrito Federal. A análise do caso pelo plenário da Corte foi interrompida por um pedido de vista do ministro Hamilton Carvalhido, quando o placar estava em 3 votos a 1 contra a candidata.
A candidatura de Abadia foi aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal no dia 10 deste mês, mas o MPE recorreu por considerar que o caso se encaixa na Lei da Ficha Limpa.
Abadia é a representante tucana na chapa do candidato ao governo Joaquim Roriz (PSC), que teve seu registro de candidatura negado nesta terça-feira (31) pelo TSE, mas ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal. A construção da chapa definiu o palanque do presidenciável José Serra no DF, que pode ficar prejudicado por decisões desfavoráveis aos candidatos na Justiça Eleitoral.
A candidata ao Senado foi condenada em 2006 pelo TRE-DF por compra de votos e abuso de poder político. Ela teria usado a máquina administrativa do DF para realizar uma reunião eleitoral. A punição foi uma multa de R$ 2 mil.
À época, Abadia havia assumido o governo do DF, com a saída de Roriz - então no PMDB -, para concorrer ao Senado. Ela disputou o governo em 2006, mas foi derrotada por José Roberto Arruda.
Para a defesa da candidata, se a punição com multa não seria suficiente, a decisão deveria ter sido pela inelegibilidade.