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Zé Maria: "Marina compactuou com o mensalão"

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Marina Gama, Portal Terra

DA REDAÇ O - O candidato à presidência da República pelo PSTU, Zé Maria, criticou sua adversária Marina Silva (PV) e disse que a candidata teria compactuado com o "mensalão" no governo Lula. "Quando ela diz que defende a manutenção das mesmas bases econômicas consolidadas no Brasil desde 1995, ela necessariamente está dizendo que vai compactuar ou coparticipar de procedimentos como esse", afirmou Zé Maria, após entrevista ao Terra TV na tarde desta quinta-feira (12). Questionado se estava se referindo ao "mensalão", o candidato do PSTU confirmou e declarou: "se a Marina é parte disso do governo, como ela vai dizer que não compactuou com corrupção? Ela não devia ter entrado no governo", declarou.

Em referência à crítica do candidato do Psol, Plínio de Arruda, durante o debate da última quinta-feira (5) na rede Bandeirantes , Zé Maria disse que Marina não chega a ser uma "ecocapitalista". "Eu não diria que a Marina é 'ecocapitalista', porque os 'ecocapitalistas' na Europa são mais sérios. Ela estava no governo quando foi aprovada a transposição do rio São Francisco. E quando d. Luís Cappio (bispo da cidade de Barra-BA) estava fazendo greve de fome na margem do rio eu não a vi apoiando D. Luís, pelo contrário, ela apoiou o governo para fazer a transposição. Ela estava no governo quando foi aprovado o loteamento da Amazônia e que as madeireiras internacionais tomaram conta. Ela estava no governo quando foram aprovados os transgênicos. São poucos os países do mundo que liberaram da forma como o Brasil liberou a utilização dos transgênicos. Onde é que entra ecologia aí?", atacou.

Zé Maria afirmou que em um segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), ele e seu partido não apoiariam nenhum dos candidatos. "Nós votamos nulo. Para nós o voto está vinculado a uma proposta política para o País. A proposta do PT e do PSDB é exatamente a mesma, que á manter o que está aí, em privilégio dos bancos", disse.

Dívida externa

O candidato vem dizendo que, se eleito, romperia com o pagamento da dívida externa. Questionado sobre as retaliações que o Brasil poderia sofrer de outros países com essa decisão, Zé Maria disse que o País poderia se manter sem ajuda ou apoio externo. "O Brasil é um país perfeitamente independente. Ele só é dependente pelo capital externo pela subserviência dos governos, não por uma imposição da realidade o Brasil", disse. "Se romper, o Brasil fica muito melhor do que está hoje".