Marcela Rocha, Portal Terra
SALVADOR - O candidato pelo PSDB à presidência da República, José Serra, cobrou a autoria de três propostas apresentadas por "uma das candidatas", em campanha em Salvador nesta sexta-feira (13). Sem citar nomes, Serra estaria se referindo a candidata do PT, Dilma Rousseff.
As AMEs, que o candidato disse ter criado em sua gestão na prefeitura de São Paulo, foi um dos exemplos citado. "Nós fizemos em São Paulo o Ambulatório Médico de Especialidades, que é uma Policlínica... já fizemos 30 dessas... pois bem, uma das candidatas está propondo fazer a AME, mas não com esse nome, mas também não dá o crédito. Porque também teria que ter ido a algum lugar para ver como funciona. É bom que copie. Quero que as pessoas saibam de quem é a ideia, mas pode confiar", afirmou.
Em seu primeiro dia de campanha em Curitiba, Serra havia proposto estender as AME no País, além de nacionalizar um projeto do ex-prefeito da cidade, Beto Richa, de assistência em pré-natal e pós-parto. O programa seria denominado "Mãe brasileira", em alusão ao já existente "Mãe curitibana". Já no debate presidencial da Band, a candidata petista Dilma Rousseff disse que criará 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e redes cegonha de saúde.
Segundo o candidato, as UPAs - Unidades de Pronto Atendimento - criadas em sua gestão na prefeitura de São Paulo, aparece como "uma grande proposta da candidata como se fosse uma novidade".
Na última quinta-feira (12), em Santa Catarina, Dilma defendeu a existência de "um grupo anticatástrofe" permanente. Em junho, Serra já havia citado uma proposta semelhante em visita em São Bernardo do Campo, a Força Nacional Permanente.
Segurança
Em um salão no Pelourinho, Serra apresentou sete pontos vinculados ao Ministério da Segurança Pública, uma dos principais anúncios do tucano nestas eleições. O candidato começou a falar citando que 45 mil pessoas, em média, morrem por homicídio no Brasil. "É um Iraque por ano", afirmou, citando Bahia, como o Estado com o mesmo número de homicídios, mas com três vezes menos habitantes que São Paulo.
Serra também discorreu sobre a nacionalização e a falta de fronteiras do crime. "Esse já não é mais um problema local, mas nacional. Nossas fronteiras são permeáveis", disse o tucano. "Não há integração entre essas polícias, falta gente, número e articulação".
Ao lado do deputado ACM Neto (DEM), o senador ACM Junior (DEM), o deputado do PSDB Jutahy Jr. e o ex-prefeito de Salvador Antônio Imbassahy, Serra começou a anunciar detalhes, mas avisou: "é um anúncio, não é uma promessa. É uma questão que foi colocada prela própria sociedade".
Serra também discorreu sobre a nacionalização e a falta de fronteiras do crime. "Esse já não é mais um problema local, mas nacional. Nossas fronteiras são permeáveis", disse o tucano. "Não há integração entre essas polícias, falta gente, número e articulação".
O primeiro ponto citado por Serra é o de enfrentar o crime como questão nacional, isto é, "controle articulado entre os estados". O tucano defendeu ainda um RG nacional, o fichamento nacional dos infratores, controle das fronteiras para evitar a entrada de drogas e armas que são, segundo o candidato, a base do crime organizado.
O segundo ponto defende o investimento em tecnologia, informação e inteligência. "Como tudo entra no Brasil, o crime está se modernizando", afirmou Serra. Dentro deste tópico, ele defendeu a presença de câmeras de segurança controladas por policiais, como já é feito em algumas regiões de São Paulo. Serra aproveitou para dar uma alfinetada: "São Paulo gasta mais com investimento em polícia do que o Governo Federal. Isso reflete a falta de prioridade objetiva".
O terceiro ponto foi focado em recursos humanos, em defesa da renumeração mínima à polícia e qualificação profissional. O quarto é a prevenção do crime. Serra defendeu cursos nacionais, desde o ensino fundamental, para mostrar os malefícios das drogas e do álcool. Segundo o tucano "é preciso oferecer opções e escolhas para nossa juventu