O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançou 0,8% em março ante fevereiro, informou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira, 7. Com isso, o índice, que procura estimar, a partir de dados antecedentes, o comportamento dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB), encerrou o primeiro trimestre do ano com alta de 0,3% em relação ao quarto trimestre de 2017.
Na comparação com março de 2017, o Indicador Ipea de FBCF avançou 3,4%. No trimestre, a alta foi de 3,3% sobre os três primeiros meses do ano passado. No acumulado de 12 meses, o indicador registra queda de 0,1%.
O destaque positivo foi o consumo aparente de máquinas e equipamentos (produção interna líquida das exportações, acrescida das importações), que encerrou o primeiro trimestre com alta de 2,4%, após avanço de 2,2% em março.
"Enquanto a produção interna de bens de capital cresceu 1,8%, a importação de bens de capital recuou 4,8% na margem, devolvendo parte do forte crescimento observado no período anterior (12,8%)", diz a nota publicada nesta segunda-feira no blog da Carta de Conjuntura do Ipea, assinada pelo pesquisador Leonardo Mello de Carvalho.
O avanço do Indicador Ipea de FBCF em março foi puxado pelos investimentos em máquinas e equipamentos porque o componente de construção civil apresentou crescimento mais modesto, avançando 0,2% ante fevereiro, resultado que sucedeu duas quedas consecutivas. Com isso, o setor encerrou o primeiro trimestre de 2018 com retração de 0,6% ante o último trimestre do ano passado.
Segundo os pesquisadores do Ipea, o terceiro componente da FBCF, classificado como "outros ativos fixos", também contribuiu positivamente para o desempenho dos investimentos, registrando avanço de 0,6% em março.