Os supermercados brasileiros reportaram alta real de 12,12% nas vendas em março ante igual período do ano anterior, conforme o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O indicador é deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
No acumulado do primeiro trimestre do ano, as vendas registram crescimento real de 2,28% ante o mesmo trimestre de 2017. Na comparação com fevereiro, as vendas de março foram 17,23% maiores em termos reais.
A Abras informou que os números de março foram influenciados por um efeito de calendário. A Páscoa, importante data sazonal para o setor, ocorreu este ano em março em vez de abril.
Apesar do efeito calendário, o presidente da entidade, João Sanzovo Neto, afirmou em nota que o resultado do primeiro trimestre pode ser entendido como um sinal de recuperação para o setor. "Lentamente, as pessoas estão voltando a consumir", disse.
Em termos nominais, sem considerar a inflação, o resultado de março foi 15,11% mais alto que o do mesmo mês do ano passado. No trimestre, o crescimento nominal acumulado é de 5,67%.
Os preços de produtos em supermercados brasileiros caíram 0,92% em março de 2018 na comparação com fevereiro do mesmo ano, de acordo com a Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
O preço total da cesta chegou a R$ 438,83 em março, ante R$ 442,88 em fevereiro. Na comparação com março de 2017, houve queda de 5,74%.
Entre as maiores altas de março, estão produtos como farinha de mandioca, cujo preço subiu 4,08%, e leite longa vida, com alta de 4,01%. Já entre as maiores quedas estão o tomate, que recuou 10,51%, e o feijão, com queda de 6,03%.