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'Clarín': Macri e Xi Jinping discutem investimentos da China na Argentina

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Matéria publicada pelo Clarín nesta sexta-feira (2) conta que na segunda economia do planeta, a expectativa em relação à reunião dos 20 maiores países do mundo é ainda mais relevante que a da exposição de Xangai de 2010.

“Para eles essa é a confirmação de que são a elite mundial e um jogador chave”, diz o embaixador argentino na China, Diego Guelar, que marcou uma reunião bilateral do presidente Mauricio Macri com seu par chinês, Xi Jinping.

Segundo a reportagem do Clarín, a Argentina será a sede do G20 em 2018, Mauricio Macri, junto com Xi Jinping e a chanceler Angela Merkel farão parte da troika que estará no comando do grupo durante os próximos três anos. Esse é um acontecimento importantíssimo para a Argentina. Nessa reunião prevista para este sábado, 3 de setembro, também serão tratados outros assuntos como os vistos para os cidadãos de ambos os países, a cooperação entre a polícia chinesa e a argentina e a instalação de um escritório do equivalente chinês do Senasa (órgão de controle sanitário) na Argentina, para agilizar os imprescindíveis certificados sanitários para exportação de alimentos. Mas o foco estará também nos investimentos que a China planeja ou já realiza no território argentino.

O jornal argentino fala que os principais assuntos da agenda elaborada pela Casa Rosada, a sede da Presidência, estão relacionados às represas da província de Santa Cruz, na Patagônia, no sul da Argentina, e a uma modificação essencial no observatório da província de Neuquén, também na região da Patagônia. Esse observatório, permitido pela ex-presidente Cristina Kirchner, teria fins pacíficos, apesar de estar sob a órbita das forças armadas chinesas, mas agora será destinado a um uso civil.

“O observatório já não depende de nenhum comando militar”, disse Guelar em sua residência no bairro das embaixadas de Pequim.

Guelar, que afirma que não está conseguindo dar conta sozinho do crescente interesse de empresas chinesas pela Argentina, disse que o governo só ajudará empresas que quiserem se instalar no país gerando emprego.

O Clarín afirma que é iminente a instalação de uma fábrica da Sany, conglomerado industrial que abrange de maquinário da construção a energia eólica. A empresa se dedicará à construção industrializada de moradias com painéis de concreto que serão construídas em um prazo de sete dias. A Sany planeja construir duas fábricas de cerca de 55.000 metros quadrados, com capacidade para produzir 5.000 soluções habitacionais por ano cada uma. O investimento é de US$ 30 milhões por fábrica. A empresa está em negociações com a província de Buenos Aires e com o Banco Hipotecário. A Sany, com 20 parques eólicos na China, se apresentou na licitação de geração de energia não convencional. A China Railway Eryuan Engineering Group é outra empresa que busca se instalar para ser fornecedora para trens.

Clarín diz que quanto aos vistos, atualmente para os chineses é mais fácil obter o visto dos Estados Unidos ou da Austrália para entrar depois na Argentina. Na China, a obtenção do visto para a Argentina demora vários meses, inclui uma entrevista e uma vez obtido, o visto vence em 90 dias. Guelar procura estender a duração do visto para cinco anos e até 10 anos para depois eliminá-lo. E pede a reciprocidade das autoridades chinesas. Além da Sany e da China Railways, as empresas chinesas interessadas em se instalar na Argentina são a China National Electronics, a Huacheng (energia solar), a Foton e a JAC (veículos), a Junma (equipamentos petrolíferos) e a Xiamen Golden Dragon Bus (ônibus e vans), disse o embaixador.

Atualmente já existem várias gigantes chinesas no país, como o ICBC (finanças), a CNNOC (petróleo), a Huawei (celulares), a Gezhouba (construção), a Lenovo e a Cofco, no setor de petróleo e também de cereais, pois é dona das produtoras de grãos Nidera e Noble, finaliza o Clarín.

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