O principal índice da bolsa brasileira registra alta na manhã desta quinta-feira (3), em sintonia com o otimismo de investidores em mercados estranheiros. Ações preferenciais e ordinárias da Petrobras também se valorizam. A moeda norte-americana, por sua vez, opera queda em relação ao real.
O IBGE divulgou nesta quinta o Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) do Brasil de 2015, que teve uma queda de 3,8% em relação ao ano anterior. Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 5,9 trilhões, e o per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, uma queda de 4,6% diante de 2014.
>> PIB tem queda de 3,8% em 2015
Às 11h45, o Ibovespa avançava 1,41%, aos 45.525 pontos. Papéis da Embraer, Fibria e Klabin registravam as maiores quedas, enquanto as ações da Gerdau, da Hering e da CCR ganhavam as maiores altas.
No dia anterior, o índice encerrou o pregão em alta de 1,75%, em dia de oscilação das principais bolsas internacionais, chegando a maior pontuação desde dezembro do ano passado, aos 44.893 pontos. Um maior ingresso de capital estrangeiro no país estimulou a economia e acontecimentos políticos animaram o mercado.
Dólar registra desvalorização em relação ao real
O dólar tinha baixa de 1,01% às 11h46, cotado a R$ 3,8544 na venda, nesta quinta-feira. Na véspera, a moeda também havia recuado 1,35%, para a menor cotação registrada desde o final de dezembro, a R$ 3,8877. No ano, a moeda acumula queda de 1,52%.
Bolsas europeias recuam com queda no petróleo
As principais bolsas europeias estavam em baixa na manhã desta quinta, com o mercado preocupado com a queda nos preços do petróleo. Às 12h23, o movimento ainda era de baixa, e o EuroStoxx 50, índice que representa as principais empresas da zona euro, registrava queda de 0,63%, aos 3.002,50.
Na quarta-feira, as bolsas do continente fecharam sem direção única. Os mercados de Paris, Frankfurt e Madri registraram alta com suporte de ganhos do petróleo, enquanto a bolsa de Londres fechou no vermelho. O índice pan-europeu Stoxx 600 se recuperou de perdas observadas em momentos anteriores e subiu 0,66%, aos 340,97 pontos, impulsionado por ganhos em ações do setor bancário, favorecidas por comentários de Benoît Coeuré, membro do Conselho Executivo do BCE, de que os bancos europeus podem lidar com os juros negativos.
Bolsas asiáticas têm alta com dados dos EUA e recuperação de commodities
Os principais índices financeiros da região Ásia-Pacífico avançaram nesta quinta, ainda em resposta às medidas adotadas pelo banco central chinês nesta semana, e também aos dados positivos norte-americanos e à recuperação em commodities. Na China, o Xangai Composto registrou avanço de 0,35%, a 2.859,76 pontos, a terceira alta seguida. O mercado também fica na expectativa por sinais sobre a política econômica do encontro Legislativo chinês que começa neste sábado (5).
O banco central da China cortou em meio ponto o índice obrigatório de reservas nos bancos nesta semana, injetando liquidez no mercado. Foi o primeiro movimento de estímulos de um banco central após a reunião do G20, que terminou no sábado (27) em Xangai.
No restante da região, os índices também tiveram alta alta pelo terceiro dia seguido, com o mercado respondendo a dados positivos sobre emprego nos Estados Unidos e com a valorização de commodities, como o cobre e o minério de ferro. No Japão, o Nikkei avançou 1,3%, após a alta de 4% da sessão anterior.