O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o pregão desta terça-feira (1°) em forte alta, no maior patamar de fechamento desde dezembro de 2015, favorecida pelo avanço das principais bolsas internacionais e dos preços das commodities.
O índice subiu 3,1%, aos 44.121 pontos. É o melhor resultado desde o dia 17 de dezembro.
A China anunciou na última segunda-feira (29) que reduziria a exigência de depósitos compulsórios dos bancos chineses, o que deverá resultar na liberação de 700 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 106 bilhões. A notícia, no entanto, saiu após o fechamento das bolsas da Ásia, e repercutiu apenas hoje no mercado continental.
Especula-se ainda que a revelação feita nesta terça por executivos da Andrade Gutierrez, em delação premiada, de que a empreiteira teria pago despesas com fornecedores da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff, tenha animado o mercado doméstico com o fortalecimento da possibilidade de impeachment da petista.
As ações da Petrobras se valorizaram, seguindo o avanço do barril de petróleo hoje. Ontem foi anunciado que o Banco Popular da China faria um empréstimo de 10 bilhões à estatal, já influenciando a forte alta da véspera. Os papéis ordinários da Petrobras, PETR3, subiram 2,99%, a R$ 7,57, ao mesmo tempo em que os preferenciais, PETR4, se valorizaram 3,31%, cotados a R$ 5,31.
Já as ações da Vale estiveram entre as que mais cresceram no pregão de hoje, beneficiadas pela valorização de 3,67% do minério de ferro na China, a US$ 51,44 por tonelada. Os papéis ordinários da empresa, VALE3, avançaram 8,47%, a R$ 12,81, e os preferenciais, VALE5, tiveram alta de 7,94%, vendidos a R$ 9,24.
Bolsas europeias fecham em alta
As principais bolsas da Europa encerraram o pregão em alta nesta terça, após o leve avanço da véspera. O índice pan-europeu Stoxx 600 cresceu 1,44%, aos 338,72 pontos, com todos seus setores encerrando em território positivo. Serviços de consumo, tecnologia e recursos básicos se destacaram. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,92%, para 6.152,88 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 1,22%, para 4.406,84 pontos. Em Franfkurt, o Dax fechou em alta de 2,34%, aos 9.717,16 pontos. Em Madri, o Ibex 35 fechou com crescimento de 1,77%, aos 8.611,00 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 2,21%, para 18.011,91 pontos.
Na véspera, em Londres, o FTSE 100 reverteu as perdas e fechou quase estável, com uma alta de 0,02%, aos 6.097,09 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,90%, com 4.353,55 pontos. Em Madri, o Ibex 35 fechou em alta de 1,34%, aos 8.461,40 pontos. Em Milão, o índice FTSE MIB avançou 0,80%, para 17.623,07 pontos, com uma queda de 5,5% no mês. Em Frankfurt, o Dax recuou 0,19%, para 9.495,40 pontos, pressionado pelo fraco dado de atividade industrial da região de Chicago nos Estados Unidos.
Bolsas chinesas avançam com medidas do banco central e impulsionam asiáticas
Os principais índices das bolsas chinesas registraram alta nesta terça-feira (1º), impulsionadas pela decisão do banco central do país de cortar a taxa de compulsório bancário no dia anterior. O índice de Xangai (SSEC), principal praça financeira da China, registrou avanço de 1,71%, aos 2.733,17 pontos.
O banco central da China cortou em meio ponto o índice obrigatório de reservas nos bancos, injetando liquidez no mercado. Trata-se do primeiro movimento de estímulos de um banco central após a reunião do G20, que terminou no sábado (27) em Xangai.
No restante da Ásia, índices foram impulsionados pelas medidas chinesas e também com a expectativa de novas ações do país, já que índices de compras e da indústria da China vieram abaixo do esperado. Em Tóquio, o Nikkei teve alta de 0,37%, a 16.085,51 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 1,55%, a 19.407,46 pontos. Em Sydney, o índice S&P/ASX 200 avançou 0,85%, para 4.922,25 pontos.
Dólar fecha em baixa com aumento de demanda por ativos de risco
O dólar fechou em queda nesta terça, refletindo o estímulos adotados na China para amparar a economia do país e a alta dos preços do petróleo. Dados melhores que o esperado sobre a indústria americana alimentaram a demanda por ativos de risco, intensificando a baixa da moeda.
A moeda norte-americana caiu 1,55%, a R$ 3,9411, após dois dias de alta.