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'Fortune': GM pode cancelar R$ 6,5 bilhões de investimento no Brasil

Crise econômica brasileira tem afetado o mercado automobilístico

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Segundo matéria publicada nesta segunda-feira (22) no Fortune, Dan Ammann, presidente da empresa General Motors, disse em uma entrevista que vai reconsiderar seus planos de investimentos no Brasil se a situação econômica e política não melhorar. Até recentemente, o Brasil era um dos cinco maiores mercados de automóveis do mundo, mas está passando por sua pior recessão em 25 anos e perdendo a confiança das empresas, com a incerteza política e a ameça de impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

"Espero ver os avanços políticos e econômicos no período de seis a 12 meses, para podermos manter o nosso plano de investimento", disse  Ammann. Caso contrário, a GM vai "reavaliar", acrescentou o presidente da GM.

A GM anunciou no ano passado que planejava investir 6,5 bilhões de reais (US $ 1,62 bilhões) em novos produtos e tecnologia no Brasil até 2019. Mas a atual recessão atingiu fortemente o setor automobilístico. A produção de carros e caminhões caiu 29,3% em janeiro de 2016, comparando ao ano anterior, sendo a menor para o mês desde 2003, e as vendas caíram 38,8%, o menor volume mensal em quase nove anos, de acordo com a associação nacional de montadoras Anfavea.

Apesar da grave recessão, o Brasil continua sendo uma grande base de operações para Fiat Chrysler Automóveis NV, Volkswagen AG, Ford Motor Company F -1,31% e GM.

Barry Engle, presidente da GM para a América do Sul, disse na mesma ocasião, que o Brasil precisa de mudanças na política fiscal, assim como reformas de natureza tributária, trabalhista e leis reguladoras porque é "muito pouco competitivo."

A reportagem afirma que cerca de 130.000 trabalhadores da indústria automobilística brasileira estão em algum tipo de licença, como as montadoras lutando para reduzir a capacidade sem recorrer a demissões de imediato, até para não gastar mais.