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'WSJ': Japão começa a se abrir à economia compartilhada

Governo quer facilitar o aluguel de acomodações para fazer frente ao aumento do turismo

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Matéria publicada na quinta-feira (18) no The Wall Street Journal, conta que muito tempo depois da chamada economia compartilhada ter decolado nos Estados Unidos, ela ainda é limitada no Japão por várias restrições legais, regulatórias e culturais. Alguns serviços muito utilizados em vários países, como as caronas pagas, são proibidos. E a ideia de encontrar uma faxineira ou babá na internet permanece estranha numa sociedade que privilegia a privacidade, embora algumas “startups” com nomes como AsMama Inc. e AnyTimes estejam tentando mudar isso.

A reportagem fala que agora, num esforço para acompanhar o resto do mundo em uma das áreas mais aquecidas da economia digital, o governo do primeiro-ministro Shinzo Abe está reduzindo as restrições para o compartilhamento de acomodações.

No fim de janeiro, o bairro de Ota, em Tóquio, foi a primeira área do Japão a ganhar permissão para que os moradores aluguem espaços para turistas dentro de certas condições. Os anfitriões têm que fazer um registro com as autoridades locais e concordar com inspeções. E os visitantes têm que ficar hospedados no mínimo uma semana.

Atraídos por um iene desvalorizado, um recorde de 19,7 milhões de estrangeiros visitaram o Japão no ano passado, número que deve crescer com a aproximação da Olimpíada de 2020, que será realizada em Tóquio. Quartos de hotéis estão ficando escassos.

“Precisamos tornar a experiência dos turistas estrangeiros visitando o Japão mais conveniente e confortável”, disse Abe em outubro. “Para isso, nós precisamos expandir o número de acomodações de curto prazo para além dos hotéis e ampliar o uso de carros privados como meio de transporte.”