Matéria publicada nesta quinta-feira (18) no The New York Times, analisa que com a queda dos preços de petróleo, as nações produtoras foram severamente prejudicadas e conseguiram firmar acordo para conter a produção e levantar os valores.
A reportagem comenta que agora, até mesmo os gigantes estão se juntando ao coro, após o pedido de congelamento da produção, por parte da Arábia Saudita e da Rússia na terça-feira (16). O acordo, que também incluiu Venezuela e Qatar, é um sinal preliminar de que os grandes produtores de petróleo estão prontos a cooperar. Também representa o quanto os preços caíram, já que Rússia e Arábia Saudita anteriormente resistiram ao congelamento da produção.
Mas se o plano realmente vai funcionar, ou é apenas uma forma de sustentar os preços, é um debate a parte. Os quatro países disseram que iriam continuar somente se os outros também se comprometerem. O Iraque tem uma política de longa data, que visa aumentar a sua produção, independentemente das políticas de estabilização de preços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, ao qual ele pertence. E o Irã tem apostado em uma política de aumentar as exportações de petróleo agora que as sanções foram levantadas como parte de seu acordo nuclear.
"Ele joga no time do Irã, porque eles disseram que sua produção vai aumentar", disse Bhushan Bahree, analista de petróleo da IHS, empresa de pesquisa em Washington.
A verdade é que os mercados têm pouca confiança no plano. Os preços do petróleo Brent inicialmente subiram para acima de US $ 35,50 o barril na discussão de um acordo. Mas os detalhes provocaram uma queda nos preços abaixo de US $ 33.
"O mercado não precisa de um congelamento. Ele precisa de uma redução ", disse Michael Lynch, presidente da Strategic Energy e Investigação Econômica em Massachusetts.