Os barris de petróleo chegaram a registrar leve recuperação na manhã desta terça-feira (12), mas reverteram a tendência e fecharam novamente em forte queda. O light sweet crude (WTI), do Texas, chegou a valer menos de US$ 30 ao longo da sessão, preço que não era visto desde dezembro de 2003.
O desempenho dos barris nas últimas semanas fortalece a estimativa do Goldman Sachs, ainda em 2015, de que o barril poderia chegar a US$ 20 devido ao acelerado nível de produção. O Morgan Stanley se juntou a essas previsões e alertou, na tarde de ontem, para a possibilidade de que o barril referência na Europa caia a esses níveis. Seus especialistas, porém, citaram a escalada do dólar como fator de maior preocupação para os preços da commodity.
O cenário de crise ainda engloba fatores como a queda da demanda chinesa e o conflito entre Arábia Saudita e Irã, que diminui a probabilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) chegue a um acordo para contenção dos preços. A falta de perspectivas coloca ainda mais pressão em empresas do setor, levando a muitas demissões e desinvestimentos.
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No fechamento, o barril do Brent para entrega em fevereiro caía 2,18%, cotado a US$ 30,86 na International Exchange Futures (ICE) de Londres. Esta foi a primeira vez em que o petróleo do Mar do Norte termina a sessão abaixo dos US$ 31 desde 2004.
O WTI, por sua vez, apresentou recuo de 3,18%. No encerramento dos negócios na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), seu barril futuro valia US$ 30,41, mas na mínima do dia chegou a custar menos de US$ 30 pela primeira vez em mais de 12 anos.