Os barris de petróleo chegaram a registrar leve recuperação na manhã desta terça-feira (12), após queda no início da sessão, mas reverteram o movimento novamente, oscilando entre pequenas taxas positivas e negativas. Na véspera, os preços chegaram a níveis que não eram vistos há cerca de 12 anos, em uma sequência de fortes desvalorizações, que fortalece a estimativa do Goldman Sachs, ainda em 2015, de que o barril poderia chegar a US$ 20 devido ao acelerado nível de produção.
Às 8h44, o barril de Brent tinha queda de 0,09%, a US$ 31,85. Já o light sweet crude (WTI), do Texas, caía 0,81%, a US$ 31,16.
Às 9h29, o petróleo do Mar do Norte registrava alta de 0,67%, aos US$ 32,19. No mesmo horário, o WTI subia 0,40%, aos US$ 31,54.
Às 10h16, o Brent tinha decréscimo de 0,22%, a US$ 31,81, e o petróleo do Texas caía 0,46%, a US$ 31,27.
Às 11h40, o óleo cotado em Londres estava em alta de 0,72%, a US$ 32,11. Já o barril norte-americano subia 0,72%, a US$ 31,63.
Às 12h15, a alta do Brent já era mais significativa, de 1,66%, a US$ 32,41. No mesmo horário, o WTI subia 1,78%, para US$ 31,97.
Às 13h29, o Brent caía 1,33%, para US$ 31,45. O WTI, por sua vez, tinha recuo de 0,83%, cotado a US$ 31,15.
Às 14h35, o Brent recuava 3,36%, para US$ 30,81. Enquanto isso, o petróleo bruto caía 3,92%, aos US$ 30,18.
Na segunda-feira, o barril do Brent para entrega em fevereiro caiu 5,96%, cotado a US$ 31,55 -- a primeira vez desde abril de 2004 em que o petróleo cotado na International Exchange Futures (ICE), em Londres, caia abaixo de US$ 33. Já o futuro do light sweet crude (WTI), do Texas, recuou 5,28%, fechando o dia a US$ 31,41 -- o nível mais baixo em 12 anos na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
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Sequência de quedas bruscas
Entre os fatores que tem contribuído para a queda do barril, o principal deles, nos últimos dias, é o mercado chinês. Nesta segunda-feira (11), o banco central da China voltou a fortalecer o yuan, mas a decisão não foi suficiente para segurar a retração. A Bolsa de Xangai, principal da China, fechou o pregão com uma queda de 5,33%, afetada pelos fracos indicadores econômicos divulgados neste final de semana. Nesta terça, contudo, o índice se recuperou, com alta de de 0,2%.
As tensões entre Arábia Saudita e Irã, que dificultam a elaboração de um acordo para corte de produção dos membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), também colocam pressão.
Por fim, a escalada do dólar contribui para a manutenção de preços tão baixos. Na segunda-feira (11), o Morgan Stanley se juntou ao Goldman Sachs no alerta para a possibilidade de o barril referência na Europa cair a US$ 20. Seus analistas, porém, discordam que o motivo seja o excesso de oferta e apontam que o principal motivo da derrocada é a valorização da moeda norte-americana.
"Dada a contínua valorização do dólar norte-americano, o cenário de preços do petróleo entre US$ 20 e 25 por barril é possível, apenas devido à moeda", apontou o banco em nota. Ainda de acordo com o Morgan Stanley, a variação de 1% na cotação da divisa resulta em oscilações de 2% a 4% no valor do Brent.