As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet caíram em outubro, mas bateram recorde para o mês. Segundo balanço divulgado há pouco pelo Tesouro Nacional, o Programa Tesouro Direto vendeu R$ 1,124 bilhão no mês passado. O valor é o maior registrado para o mês, porém 26% inferior ao de setembro, quando as vendas tinham atingido R$ 1,518 bilhão.
Os títulos mais vendidos foram os corrigidos pela inflação oficial, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que concentraram 46,3% das operações. Em seguida, vieram os papéis vinculados à Selic (taxa básica de juros), que somaram 28,4%. Os títulos prefixados (com juros definidos com antecedência) representaram 25,3% das vendas.
Em outubro, 17.217 novos investidores cadastraram-se no Tesouro Direto, elevando para 587.275 o total de pessoas físicas que fazem parte do programa. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula aumento de 33,2%.
Em relação ao prazo, 45,8% dos investidores compraram títulos de cinco a dez anos. Os papéis de um a cinco anos representaram 41,4% das vendas; e os de mais de dez anos, 12,8%.
Criado em janeiro de 2002, o Programa Tesouro Direto vende títulos públicos a pessoas físicas pela internet. O cliente precisa procurar a agência bancária ou uma corretora para comprar os títulos e terá de desembolsar uma taxa de corretagem. Mais informações podem ser obtidas na página do programa na internet.
Por meio dos títulos públicos, o governo pega dinheiro emprestado de investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode acompanhar a inflação, os juros básicos, o câmbio ou ser prefixada – definida com antecedência no momento da emissão do papel.