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Manifestações criticam austeridade econômica em capitais da Europa

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Milhares de manifestantes aproveitaram este sábado (20) para protestar contra as medidas de austeridade econômica adotadas pelos governos do continente. Em Londres, os atos criticaram os cortes de gastos postos em prática pelo governo recém-reeleito do primeiro-ministro David Cameron. Em Berlim, os protestos pediram a adoção de um rumo mais solidário por parte da Alemanha e da União Europeia em relação à Grécia.

Na capital britânica, políticos da oposição, dirigentes sindicais e figuras públicas, como a cantora Charlotte Church e o comediante Russell Brand, estiveram no meio da multidão que marchou pelo centro financeiro de Londres. Intitulada End Austerity Now [Acabem com a Austeridade Agora], a manifestação terminou na porta do parlamento britânico.

Um protesto similar ocorreu em Glasgow, na Escócia. Os manifestantes exigem a suspensão e reversão dos cortes impostos pela anterior coligação governamental e outras medidas impostas pelo ministro das Finanças, George Osborne. Os cartazes traziam mensagens como “A Austeridade não funciona” e “Não aos cortes”.

No início de maio, o Partido Conservador, de David Cameron, obteve uma vitória inesperada e esmagadora nas eleições legislativas britânicas, alcançando a maioria absoluta e provocando a demissão de três dos principais dirigentes políticos do país.

Em Berlim, o protesto teve início no bairro multiétnico de Kreuzberg até o distrito governamental da capital alemã. De acordo com a polícia, o ato teve a participação de cerca de 2,5 mil pessoas organizadas sob o lema “Por uma Europa Diferente”.

A marcha na capital alemã foi encabeçada pelo jornalista Jakob Augstein e pela vice-ministra grega da Solidariedade Social, Theano Fotiou, que se dirigiu aos presentes no início da manifestação para reclamar “uma Europa dos cidadãos, não dos banqueiros”. O ato teve apoio do Partido de Esquerda, a principal força da oposição no Parlamento alemão, e de outras organizações de esquerda.

Alguns manifestantes empunhavam bandeiras gregas ou cartazes de apoio a Atenas, país que está atualmente numa fase crítica das negociações com os seus credores europeus e sob a ameaça de ter de deixar a zona do euro. A passeata em Berlim também reivindicou melhor tratamento aos imigrantes que chegam à Europa, em alusão ao Dia Internacional dos Refugiados, celebrado neste sábado.